Chega a 18 o número de mortos desde o início da Operação Verão

Por Santa Portal em 10/02/2024 às 19:00

Divulgação/Polícia Militar
Divulgação/Polícia Militar

Subiu para 18 o número de mortos na Operação Verão, implantada na Baixada Santista na última quarta-feira (7), pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). Os números foram divulgados em um balanço feito pela própria pasta neste sábado (10). 

Segundo a SSP, a Operação Verão tem como objetivo acompanhar as buscas pelo criminoso que matou o soldado Samuel Wesley Cosmo, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), e coordenar as ações das polícias Militar e Civil no combate à criminalidade na Baixada Santista. 

O policiamento preventivo e ostensivo na Baixada Santista foi reforçado para proteger a população e as ações para combater o crime organizado seguem em curso na região. Até este sábado (10), 18 suspeitos que iniciaram confrontos contra as forças de segurança morreram. 

Do início da Operação Verão até sexta-feira (9), 557 pessoas foram detidas, entre elas 200 procurados pela Justiça. Todos os casos são rigorosamente investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A terceira fase conta com o reforço de policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) do ABC Paulista, de Guarulhos e da Região Metropolitana da capital. Além da Rota e do Comando de Operações Especiais (COE).

Ao mesmo tempo, está em curso a segunda fase da operação, com foco nas ações de combate aos crimes no litoral durante a estação e também no feriado de Carnaval.

Relembre

No último dia 26, o soldado Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi executado a tiros na Rodovia dos Imigrantes, em Cubatão, por volta das 2h30. Na semana passada, um dos suspeitos de ter matado o oficial foi preso, juntamente com o seu irmão gêmeo.

No dia seguinte, a Polícia Militar informou, em nota, que uma nova etapa da Operação Escudo entraria em vigor. Na última quarta-feira (7), porém, Derrite informou que não se trata de uma nova etapa da Escudo, mas uma ampliação da Operação Verão.

Marcada pela resposta violenta dos agentes, a Operação Escudo começou em 28 de julho do ano passado, depois da morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, assassinado por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade do Guarujá. Entre 28 de julho e 5 de setembro, 958 pessoas foram presas e 28 mortas na região.

A alta taxa de letalidade gerou muitas críticas e investigações do Ministério Público. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas rechaçou a possibilidade de excessos. No início da semana, durante evento em Milão, na Itália, ele defendeu a resposta da polícia.

“O que está acontecendo ali é o combate ao crime organizado. Existe um crime organizado muito instalado na Baixada Santista, o que ficou claro na forma como o soldado Cosmo morreu”, disse o governador à reportagem em Milão, onde participou de encontros com investidores para apresentar projetos de infraestrutura.

Policiais e criminosos também voltaram a ter novos enfrentamentos, no último dia 28, na Vila Zilda, em Guarujá, dessa vez com dois mortos. Horas depois, mais um suspeito foi morto e outro ficou ferido, no mesmo bairro.

Na madrugada da última sexta-feira (2), o PM Correia, do 45º Batalhão do Interior, foi sequestrado e espancado na Vila Mirim, em Praia Grande. Ele sofreu fraturas no nariz e permaneceu internado em um hospital da região. Os criminosos roubaram a munição da pistola .40 dele e devolveram a arma.

No mesmo dia, mas no fim da tarde, a morte do soldado da Rota, Samuel Wesley Cosmo, foi o estopim para uma operação mais firme da polícia. Cosmo era muito respeitado na corporação, já havia perdido o irmão, também policial, em atentado. O vídeo da morte de Cosmo também viralizou, o que aumentou ainda mais a indignação dos agentes e da opinião pública.

Horas depois, na madrugada de sábado (3), Derrite relatou nas redes sociais que um policial foi alvejado no braço, após uma operação policial em busca do assassino de Cosmo.

Após o falecimento de Cosmo, entre sábado (3) e segunda-feira (5), sete mortes foram computadas pelos policiais. Uma delas foi no São Bento, em Santos. No último fim de semana, foram três óbitos na Vila dos Criadores e um no bairro São Jorge, em Santos. Uma pessoa também morreu no Jóquei Clube, em São Vicente e uma no bairro Bom Retiro, também em Santos. Ao todo, cinco pessoas foram presas, dentre elas três que teriam envolvimento na morte de Cosmo.

Na madrugada da última quarta-feira (7), mais um óbito na operação Verão, dessa vez em Cubatão. Um adolescente de 14 anos morreu durante um confronto com policiais militares, no km 61+800, da Rodovia dos Imigrantes.

Horas depois, no Jardim São Manoel, em Santos, mais confrontos. O cabo do Baep, José Silveira dos Santos, foi morto com um tiro na cabeça, durante operação na região. Na mesma ação, um suposto integrante do PCC, identificado pelo apelido de B12, morreu ao tentar fugir pulando da janela de um apartamento de um conjunto habitacional. Um outro suspeito também foi atingido, mas não há informações sobre o paradeiro dele.

Na sexta-feira (9), dois homens morreram depois de um troca de tiros no morro do São Bento, em Santos. Os policiais estavam em uma área de mata do morro e foram em direção a rua São Mateus, quando viram dois homens armados. Ao notarem a presença dos PMs, eles atiraram contra os agentes, que revidaram com dez tiros. A dupla, Jefferson Ramos Miranda, de 37 anos, e Leonel Andrade Santos, de 36 anos, foi baleada e socorrida para a Santa Casa de Santos. No entanto, os dois não resistiram aos ferimentos e morreram.

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