Polícia Federal prende quatro pessoas em operação contra tráfico de cocaína nos portos

Por Santa Portal em 13/08/2024 às 16:18

Polícia Federal/Divulgação
Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira (13), quatro pessoas envolvidas com o tráfico transnacional de cocaína na Baixada Santista. A Operação Looping, que também contou com sete mandados de busca e apreensão, tinha como alvo criminosos que usavam veículos com fundos falsos para entrar com entorpecentes em portos do país e, na sequência, enviava para o exterior.

Segundo a PF, cerca de 150 policiais federais e seis auditores fiscais da Receita Federal cumpriram 27 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, em cidade de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Só na Baixada Santista, as cidades de Santos, Praia Grande, São Vicente e Guarujá possuem ligação com o caso. A justiça ainda autorizou o sequestro de 68 veículos, seis imóveis, o bloqueio e congelamento de mais 30 contas bancárias de vários investigados.

Durante as investigações, a PF e a Receita realizaram 22 apreensões de cocaína, totalizando aproximadamente seis toneladas da droga, além da prisão em flagrante de 16 pessoas.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Alessandro Netto Viera, os traficantes escolhem o porto por cooptarem com mão de obra usada na área.

“Há facilitação de acesso à unidade portuária. Eles usam carretas e caminhões com fundos falsos, que ingressam em um determinado porto carregando drogas e outras traficantes escondidos. Dentro do pátio do porto eles fazem um transbordo da carga da carreta para um container preparado, já escaneado e que possa sofrer a contaminação do entorpecente”, diz.

A PF descobriu que a organização criminosa atuava desde a captação de funcionários dos portos, para facilitar a entrada da droga, na preparação de caminhões para transporte de traficantes e cargas para dentro do ambiente portuário, até a criação de empresas de logística de carregamento e transporte de contêineres.

Uma parte dessa droga, que era trazida da Bolívia, embarcava em contêineres a bordo de navios para a África e Europa. A outra parte era pulverizada no Brasil para abastecer facções criminosas do tráfico para consumo interno. Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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