Por 11 votos a 5, Câmara rejeita impeachment e arquiva processo contra Suman

Por Santa Portal em 07/07/2022 às 14:28

Reprodução/Instagram
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O prefeito Válter Suman foi absolvido do processo de impeachment, durante votação realizada em sessão de julgamento na Câmara dos Vereadores, nesta quinta-feira (7).

Suman – que não esteve presente na sessão – foi absolvido por 11 votos a 5 pelos vereadores do município. Para que ele fosse cassado, todos os 17 parlamentares precisariam estar presentes e, além disso, 12 deveriam votar pela sua saída do posto.

Professor Anderson (Podemos), Toninho Salgado (PSD), Raphael Vitielo (PSD), Wagner dos Santos Venuto (União Brasil) e Nego Walter (União Brasil) votaram a favor do impeachment.

Aparecido Davi (Republicanos); Carlos Eduardo Vargas (PTB); Fernando Peitola (MDB); Jailton Reis ‘Sorriso’ (PRTB); Ariani Paz (PT); Márcio do Pet Shop (PTB); Mário Lúcio (PSB); Santiago Ângelo (Progressistas); Sérgio Santa Cruz (PSB); Sirana Bonsokian (PTB) e Naldo Perequê (PSB) votaram contra o pedido para a saída do prefeito do cargo.

O placar da votação foi o mesmo do primeiro processo de impeachment contra o prefeito, votado em dezembro do ano passado.

Desta forma, Suman, que reassumiu o cargo em 20 de junho, poderá dar prosseguimento ao seu mandato até 2024.

Sessão começou com atraso

A Comissão Processante da Câmara de Guarujá abriu às 11h36 desta quinta-feira (7) a sessão que irá julgar o pedido de impeachment contra o prefeito Válter Suman, no Plenário. Será realizada a votação e veredito.

Inicialmente, a sessão estava marcada para 10h. No entanto, apenas seis vereadores tinham comparecido no horário marcado.

Por volta das 11h30, 16 vereadores chegaram ao prédio do Legislativo de Guarujá. Às 11h36, sessão começou com a leitura do processo contra Suman.

O relatório da Comissão Processante recomendou a não cassação do prefeito.

O chefe do Executivo é investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Nácar-19, por supostamente integrar organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e desvios de recursos públicos destinados às áreas da Saúde e Educação. Em abril, o pedido de impeachment foi protocolado pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.


Foto: Fabiano Roma/Santa Cecília TV

PF indiciou Suman por supostas fraudes

Em meio a mais um processo de impeachment, a situação de Suman ficou ainda mais delicada após a PF concluir as investigações e indiciar o prefeito, Válter Suman, além de oito servidores municipais, por associação criminosa e corrupção passiva.

As conclusões da Polícia Federal serão submetidas ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia criminal contra o grupo ou, caso julgue necessários, requisitar diligências complementares à investigação.

A decisão foi emitida após os desdobramentos da contratação emergencial da empresa AM Silva Serviços Ltda. para a higienização de unidades de saúde de Guarujá, pela prefeitura. A PF relata que o contrato foi fraudado.

Em documento obtido pelo Santa Portal, consta que o contrato custou R$ 4.034.491,68 no total, sendo que o superfaturamento seria de R$ 3.272.326,68, seguindo a estimativa feita pela Controladoria Geral da União (CGU). A Prefeitura não teria aberto licitação para contratar a empresa, infringindo a lei, e sem apresentar justificativa plausível para a contratação, já que outra empresa contratada realizava o serviço de limpeza.


Foto: Fabiano Roma/Santa Cecília TV

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