Professoras da Unisanta lançam livros sobre urbanização, direito da mulher e da família nesta quinta

Por Santa Portal em 17/02/2022 às 14:07

Três professoras do curso de Direito da Universidade Santa Cecília (Unisanta) lançarão oficialmente seus livros nesta quinta-feira (17). As professoras Bernadete Bacellar do Carmo Mercier, Renata Salgado Leme e Patricia Gorisch estarão a partir de 19h30, no Consistório do bloco M para uma receber o público e falar um pouco sobre as obras.

Doutora e Mestre em Direito, Bernadete está promovendo o lançamento de seu livro “Sambaiatuba – Urbanização de Assentamento Precário“, que trata sobre os acertos e desacertos, legislação e reflexões para melhores práticas e lança seu olhar sobre a cidade e a necessidade de garantir moradia digna para a população de baixa renda, a partir de um estudo de caso, propondo diretrizes para solução fundiária, urbanização de núcleos precários, planejamento urbano e metropolitano.

O livro traz em detalhes o planejamento e as soluções da urbanização desse núcleo precário, denominado Sambaiatuba. Tece considerações sobre a formação histórica da cidade de São Vicente, a primeira do Brasil, e da Região Metropolitana da Baixada Santista, onde está inserido o assentamento precário estudado, considerando a legislação urbanística municipal e o planejamento urbano insuficiente, que podem ter contribuído para as antigas e a novas invasões.

Em conversa com o Santa Portal, ela destaca a importância da temática para a sociedade.

“É importante, eu acredito, a gente que está atingindo uma idade avançada, dividir experiências, para que sejam feitas opções e atitudes melhores para todos. No meu caso da minha obra, para que a cidade esteja resiliente e seja acolhedora a todos”, explica.

Para ela, o lançamento, ao lado de outras duas docentes do direito, pode estimular outras jovens e mulheres a se lançarem no meio acadêmico.

“Acho muito importante que todas as mulheres e meninas se sintam motivadas a fazer uma produção científica. Não só elas, mas todas pessoas, mas especialmente as mulheres, porque acumulam tarefas múltiplas. Que elas sintam que é possível”, afirma.

Durante o evento, os títulos “Direito e Saúde da Mulher” e “Direito e Saúde Mental”, da Doutora e Mestre Renata também serão destaque. O primeiro aborda temas que envolvem o direito e a saúde da mulher, a partir da análise de diversas variáveis, como o sexo/gênero, raça/etnia, idade e classe social.

Enquanto o segundo, aborda temas como a história do tratamento da pessoa com deficiência, a internação compulsória, julgados da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Síndrome de Burnout, etc.

Ela também frisa a importância da mulher em ocupar os diálogos e as frentes dos trabalhos científicos, para reconhecimento e empoderamento feminino fora de casa.

“O trabalho acadêmico é de muita dedicação, e muito esforço. Todas nós somos docentes, e coordenar tudo isso não é uma tarefa fácil, e ainda conciliar com o lado pessoal. A gente serve de exemplo, para que vejam que é possível fazer. A gente quer fazer, quer participar, e ter voz fora do meio doméstico”, afirma.

Por fim, o livro “Direito das Famílias e Sucessões na Era Digital”, editado pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família, tendo como uma das autoras a Doutora e Mestre, Patrícia.

A obra é inédita pois aborda assuntos pouco ou quase nada debatidos ainda no Direito, como proteção de dados, casamento pela via virtual, e-notariado, e-divórcio, união estável virtual, herança digital, rede social e acervo em regime de bens, abandono digital, sharenting, convivência familiar pela via digital, bens digitais, dentre tantos outros assuntos novos na era digital.

Ela também aponta a importância da mulher em estar a frente de debates e lugares tão importantes em meio a sociedade. Para ela, as três obras são direcionadas para a coletividade, promovendo a discussão e diálogo para melhorar as relações.

“Nós mulheres somos a maioria inscritas na OAB hoje. Infelizmente, por conta de política, dificilmente a gente consegue chegar as presidências das seccionais. Mas também, durante a pandemia, elegemos a primeira mulher presidente de um Seccional de São Paulo, então, muita coisa está mudando. A importância das mulheres é justamente essa. Somos três mulheres e professoras, e fazemos ciência mesmo com todas as adversidades. O que mostra que nosso trabalho, como advogada, com as causas, as pessoas e os alunos em sala de aula, vai além. Produzimos ciência, para que novos alunos aprendam o que a gente vivenciou e para que a população tenha ciência do que está acontecendo”, finaliza.

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