Autor confesso de feminicídio a facadas e marteladas não aceitava fim do namoro
Por Santa Portal em 07/10/2022 às 11:01
Autor confesso do assassinato a facadas e a golpes de martelo da ex-namorada, William Ferreira Santana, de 36 anos, não aceitava o término do relacionamento e esse inconformismo o motivou a matar Priscilla Dalacqua do Nascimento, de 40.
Essa informação foi revelada ao Santa Portal por uma pessoa ligada à vítima. Ela pediu sigilo da identidade por temer represálias, porque William foi liberado após comparecer à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande e admitir a autoria do feminicídio.
Acompanhado de advogado, William se dirigiu no final da tarde de terça-feira (4) à DIG de Praia Grande para comunicar o crime, segundo ele, cometido na quinta-feira da semana passada (29) em uma casa localizada no Jóquei Clube, em São Vicente.
Até então, o homicídio era ignorado pela Polícia Civil, mas já havia um indício que, mais cedo ou mais tarde, colocaria William como suspeito em potencial. Boletim de ocorrência do desaparecimento de Priscilla dizia que ela foi vista pela última vez com o ex-namorado.
De acordo com esse BO, registrado na segunda-feira (3), a vítima sumiu no último dia 29, após ser procurada em casa por William. Porém, antes que fosse alvo de uma investigação policial, William se antecipou e revelou onde estava o corpo de Priscilla.
A moradia indicada pelo autor fica atrás do campo de futebol do Dique das Caxetas e estava fechada, mas ele forneceu a chave. A casa é de William, que informou outro endereço, também em São Vicente, como sendo o local de sua residência.
Em adiantado estado de decomposição, o cadáver de Priscilla estava no chão da sala, próximo ao sofá. A faca e o martelo usados no crime não foram encontrados e William alegou que os dispensou após o homicídio. O corpo da vítima foi sepultado na quinta-feira (6).
William tentou minimizar a sua conduta, conforme apurou o Santa Portal. O homem alegou que a vítima tentou investir contra ele com a faca, sendo desarmada e atingida. A Polícia Civil aguarda os laudos do exame necroscópico e da perícia do local do crime para melhor avaliar essa versão.
Segundo despacho do delegado Marco Antônio do Couto Perez, William foi liberado após prestar depoimento, “uma vez que se apresentou de forma espontânea, comunicando um crime do qual as autoridades policiais não tinham conhecimento”.
A legislação prevê o encarceramento de alguém em três hipóteses: flagrante delito, que não se aplica a William; em decorrência de mandado judicial de prisão preventiva/temporária, que inexiste contra o acusado, ou por força de sentença penal condenatória definitiva. (EF)