Turra define pilares para tirar Santos da crise: 'Competividade, intensidade e emergência'

Por Rodrigo Martins em 27/06/2023 às 15:20

Raul Baretta/Divulgação Santos FC.
Raul Baretta/Divulgação Santos FC.

Paulo Turra foi apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira (27), no Centro de Imprensa da Vila Belmiro, como novo técnico do Santos. Em suas primeiras palavras, o novo comandante santista falou que, no momento, o seu foco está em ajustar a equipe, para que o Peixe possa reagir o quanto antes dentro do Campeonato Brasileiro.

“O Santos tem uma equipe de qualidade, que através do meu trabalho e da nossa comissão técnica, vamos potencializar o rendimento dos jogadores, através de trabalhos específicos, da minha ideia de jogo. Dentro do que temos hoje, podemos atacar melhor e defender melhor. Podem ter certeza que o Santos, dentro da nossa metodologia, será uma equipe intensa. Competição, intensidade e emergência: essas são as três palavras que citei para os jogadores na minha apresentação. Se não competir, não adianta. Pode ter dez Messis, dez Cristianos Ronaldos, dez Neymares… se não tiver intensidade, a mesma coisa. E pelo momento que o Santos se encontra, a emergência”, disse Turra.

O novo treinador reconheceu que a série de dez jogos sem vitórias na temporada pesa no emocional do time, mas confia que, com muito trabalho, o Santos pode espantar a má fase para reencontrar o caminho dos resultados positivos.

“Hoje o nosso primeiro objetivo é estabilizar a equipe do Santos com vitórias. Falei para os jogadores que temos que pensar jogo a jogo. O dia-a-dia, o processo mental passando confiança para os atletas… precisamos saber que temos responsabilidade. Através da ação no vídeo, dos processos realizados (no treinamento em campo) e do ambiente, está o desafio de tirar o Santos dessa situação. É um grande desafio, mas temos que ser homens fortes e suficientes para assumir essa responsabilidade. Quem não conseguir, não está preparado para vestir a camisa do Santos”, comentou.


Foto: Raul Baretta/Divulgação Santos FC

Segundo Paulo Turra, ele aceitou o convite do Alvinegro Praiano por confiar que a equipe pode crescer dentro do Brasileirão. O técnico pontuou ainda que o momento não é para desculpas e, sim, para que o foco seja no trabalho.

“Primeiramente (vamos trabalhar) sem ‘muletas’, sem desculpas. Se aceitei esse grande desafio é porque sou sabedor do que esse grande desafio pode nos proporcionar. A partir do momento que assumi é o que me interessa. No CT é sob minha responsabilidade, sob o meu comando. A partir desse momento vamos tomar as atitudes que têm que ser tomadas. Talvez estejamos em um dos momentos menos bons da história enorme do Santos, portanto cabe a mim chegar e saber o que é preciso fazer. Não fujo da responsabilidade, vamos dar a volta. Temos que ter um vestiário muito vibrante. Não adianta colocar que estamos na 12ª rodada, que tem muito campeonato pela frente. Estamos em estado de urgência. As coisas têm que mudar e vão mudar”, afirmou.

Além de tornar o time mais competitivo, o novo treinador destacou que deseja ver um vestiário mais vibrante, para criar um clima positivo. “Eu não vou falar o que eu encontrei. Eu tenho que falar o que eu vou fazer. Vamos colocar o nosso vestiário em ebulição. Temos de comemorar uma vitória, um drible, um chute e um gol. Eles têm de ser entendedores de que esse é o primeiro passo para virar a chave, sendo organizados e disciplinados, sempre com competição e intensidade”, concluiu Turra.

Veja outros trechos da apresentação de Paulo Turra:

Afastamento de Nathan e Lucas Pires

Na verdade, o recado é o que falei para todos os jogadores: comprometimento. E o comprometimento com o clube passa por ter comportamento de excelência dentro e fora de campo também.

Influência de Felipão

De 2008 a 2016 fui treinador de equipes de menor expressão, até que em outubro de 2016 fui convidado para trabalhar com o Felipão. Nesses seis anos e meio com ele aprendi muito. Acredito que acrescentei muito para ele também. Mas, a partir de dezembro do ano passado, quando fui efetivado como treinador principal do Athletico-PR, a minha identidade como treinador foi fincada. Gosto que as minhas equipes sejam equilibradas. Privilegio um equilíbrio entre saber atacar e saber defender. Em todos os treinos vamos trabalhar isso, o que a equipe precisa fazer quando tem a bola e quando não tem a bola também. Se o City defende com os 11 atrás da linha da bola quando é atacado, isso é um bom exemplo.

DNA ofensivo

Sabemos que essa questão do DNA ofensivo muito orgulha o Santos, por todos os grandes craques que passaram por aqui. Tenho que atacar sem me preocupar em me defender. Para isso, como eu disse anteriormente, temos que ter um equilíbrio. Queremos que quando nossos atacantes estiverem com a bola eles se concentrem nas ações ofensivas, no aspecto mental. Vamos aplicar essas ideias para ter um equilíbrio. O Santos será ofensivo, mas quando estiver defendendo será uma equipe organizada. Para atacar, tem que correr muito para se defender bem e recuperar a bola. A partir do momento em que cheguei no CT, já começamos a colocar em prática essa metodologia de trabalho. Temos que atacar organizados, sabendo o que vamos fazer.

Chegada de reforços

Temos um grupo com 38 jogadores, é um elenco bastante inchado. Mas estamos conversando com o presidente, vamos precisar de algum acréscimo de qualidade no plantel. Com todo o respeito, vamos tratar desse assunto internamente.

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