26/12/2025

Martin Scorsese diz que morte de Rob Reiner é uma 'obscenidade' em artigo

Por Folhapress em 26/12/2025 às 12:24

Bruce Gilden
Bruce Gilden

Martin Scorsese, diretor de filmes como “Taxi Driver” e “Assassinos da Lua das Flores”, prestou uma homenagem ao amigo Rob Reiner num artigo de opinião publicado no jornal The New York Times, nesta quinta-feira (25), dia de Natal.

No texto, Scorsese lembra como conheceu o colega cineasta e como foi trabalhar com ele em “O Lobo de Wall Street”, quando o convidou para interpretar o pai do protagonista vivido po Leonardo DiCaprio. Também aproveitou a oportunidade para chamar o assassinato de Reiner e de sua mulher, Michele Singer Reiner, de “obscenidade” e “um abismo na realidade”.

“Rob Reiner era meu amigo, assim como Michele. Daqui em diante, terei que usar o pretérito, e isso me enche de profunda tristeza. Mas não há outra escolha”, começa Scorsese, ao relembrar o assassinato dos dois, cometido pelo próprio filho, Nick Reiner, no último dia 14.

“O que aconteceu com Rob e com Michele é uma obscenidade, um abismo na realidade. A única coisa que me ajudará a aceitar o que houve é a passagem do tempo. Então, como todos os seus entes queridos e amigos e eles eram pessoas com muitos, muitos amigos—, eu vou me permitir imaginar que eles estão vivos e bem”, escreve o cineasta.

“E que um dia eu estarei num jantar ou numa festa sentado ao lado de Rob, e ouvirei sua risada e verei seu rosto sereno, e vou rir das suas histórias e saborear seu timing cômico natural, e me sentir sortudo novamente por tê-lo como amigo.”

Scorsese lembra ainda de quando os dois se conheceram, nos anos 1970, e de como o fato de ambos serem de Nova York os aproximou na indústria. Para ele, o melhor filme do amigo foi “Louca Obsessão”, embora reconheça que “Isto é Spinal Tap” é “uma criação imaculada”.

“Eu amava estar com o Rob. Nós tínhamos uma afinidade natural. Ele era hilário e às vezes brilhantemente divertido, mas nunca o tipo de cara que monopolizava o ambiente. Ele tinha um belo senso de liberdade desinibida, vivendo plenamente a vida, e tinha uma gargalhada grande, expansiva.”

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