Prédio evacuado após viga ceder recebe mais de 1500 escoras e desinterdição segue em análise

Por Santa Portal em 23/01/2023 às 11:00

Yasmin Braga/Santa Cecília TV
Yasmin Braga/Santa Cecília TV

O prédio de Praia Grande que precisou ser evacuado após uma viga ceder na última quinta-feira (19), recebeu mais de 1500 escoras e sua possível desinterdição segue sendo analisada pela Secretaria de Urbanismo (Seurb). De acordo com a administração municipal, uma nova vistoria deve ser realizada no local na tarde desta segunda-feira (23).

Ao Santa Portal, a prefeitura de Praia Grande afirmou que a quantidade de escoras metálicas foi calculada pelo engenheiro contratado pela construtora responsável pelo edifício, a Rio D’Ouro. Até a última vistoria realizada pela Seurb com a Defesa Civil, na tarde de sexta-feira (20), o serviço ainda não havia sido finalizado.

Segundo a Rio D’Ouro, em comunicado enviado aos moradores do edifício, não houve tempo hábil para a conclusão do serviço até a vistoria em questão pois foi solicitada uma quantidade maior de escoras do que o previsto inicialmente. Mesmo assim, a construtora afirma não haver perigo iminente após avaliação dos laudos técnicos e perícias realizadas.

À reportagem, a construtora afirmou que os serviços foram finalizados neste domingo (22) e que, agora, aguardam a liberação da Defesa Civil para que os moradores possam voltar para seus apartamentos. A expectativa da administração do condomínio é de que a desinterdição possa acontecer até terça-feira (24).

O residencial é considerado de alto padrão e conta com duas torres – uma delas é de frente ao mar e a outra, que sofreu o dano estrutural, tem entrada pela Rua Guimarães Rosa. Ao todo, 50 famílias moram no edifício. Turistas também estão entre os moradores, pois há apartamentos de veraneio no prédio.

Entenda

Aconteceu um abalo no prédio após uma viga ceder na tarde desta quinta. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 14h30 e conseguiu retirar os moradores do prédio, assim como os dos edifícios ao redor. Após vistorias da Defesa Civil e Secretaria de Urbanismo (Seurb), ainda na quinta-feira, foi necessário interditar totalmente o prédio em questão, bem como a rampa de acesso da garagem do edifício vizinho.

O vendedor Fabrício Aquino, que reside no edifício, contou que foi avisado pelos seus pais sobre o que havia acontecido. “Cheguei na hora em que estava acontecendo, a minha mãe me ligou correndo. Ela tem 70 anos, minha avó 90 e o meu pai tem a perna amputada. Minha avó disse que parecia estar acabando o mundo. Estamos aguardando. os peritos estão analisando para ver se a gente vai poder voltar ou não. Dá medo, é onde a gente mora”, disse.

Diego Lima da Silva, ajudante de obra que também mora no prédio, relatou como todos ficaram em pânico quando o prédio sofreu o abalo. “Foi um momento de terror, parecia uma explosão. Saímos correndo. Não foi a primeira vez que aconteceu, infelizmente. É triste para muitos moradores, qualquer balançada que o prédio dá nós ficamos preocupados”, afirmou.

Um morador, que não quis se identificar, também foi ouvido pela reportagem. “A informação é que uma das vigas estufou no mezanino, no segundo piso do prédio. Colocaram tapumes lá, tinham pessoas trabalhando lá. Mas como não é uma área do prédio onde as pessoas se movimentam muito, acho que ninguém viu o que tinha acontecido até hoje”, contou.

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