Grupo especial da Polícia Civil fecha segunda casa de jogos em Santos na semana

Por Eduardo Velozo Fuccia/Vade News em 07/08/2022 às 21:05

Reprodução/Vade News
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Os aparatos humano e material especializados do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Santos, pela segunda vez em uma semana, foram direcionados para reprimir a jogatina ilegal na Cidade.

Por volta das 20h30 de sábado (6), homens de preto, com armas de grosso calibre e possuidores de treinamento tático arrombaram o sobrado da Avenida Pedro Lessa, 2.501, próximo à esquina com a Rua Benjamin Constant, no Embaré.

O endereço não se tratava de ponto de tráfico, cativeiro com refém ou lugar de reuniões de integrantes de facção criminosa. De maneira discreta, no imóvel funcionava uma casa de videobingo, sendo nele encontradas 24 máquinas caça-níqueis em operação.

Do interior dos equipamentos, componentes da equipe do GOE, batizada com o imponente nome “Bravo”, recolheram a quantia de R$ 1.025,00. O dinheiro foi apreendido e apresentado na Central de Polícia Judiciária (CPJ).

Funcionária do cassino clandestino, uma mulher de 37 anos disse que trabalha há seis meses no local, mas não chegou a conhecer o seu responsável. Conforme alegou, o emprego lhe foi arrumado por um terceiro homem, que conheceu na “balada”.

O Santa Portal não conseguiu apurar quantos jogadores estavam no bingo do Embaré no momento da operação policial, mas dois deles, pelo menos, foram relacionados na ocorrência como “testemunhas”. Tais pessoas são mulheres e têm 40 e 57 anos.

Subordinada à diretoria do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), a equipe do GOE contou que recebeu “denúncia anônima” sobre o funcionamento de uma casa de jogos no sobrado da Pedro Lessa e decidiu checar a informação.

Inicialmente, os policiais civis relataram que constataram movimentação atípica de entrada e de saída de pessoas. Ao decidirem vistoriar o imóvel, os agentes perceberam que as luzes do local foram apagadas.

Em seguida, diante da recusa na abertura voluntária da porta, os policiais a arrombaram. Além do dinheiro recolhido nos equipamentos de videobingo, os agentes apreenderam uma maquinha de cartão de débito/crédito usada para o pagamento de apostas.

“Bisavô do jogo”

O GOE também arrombou a porta para ingressar no cassino que funcionava na Avenida Pinheiro Machado, 570, no Marapé, na noite de 30 de julho. No local havia 63 máquinas caça-níqueis e 18 jogadores, a maioria idosos. Um deles tem 103 anos.

Esse caso e o do Embaré foram registrados como “jogo de azar”, infração de menor potencial ofensivo prevista no artigo 50 da Lei de Contravenções Penais. Porém, se houver interesse, as investigações podem ser aprofundadas pela Polícia Civil.

Em situações parecidas, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apurou crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, todos decorrentes da contravenção penal.

As investigações do Gaeco alcançaram a cúpula do jogo, mas não atingiram todo o topo da estrutura que possibilitaria o funcionamento do esquema mediante o recebimento de propinas, o que ainda pode ser complementado pelo Deinter-6. (EF)

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