Especialista diz que retirada de obrigatoriedade de máscaras foi equivocada
Por Santa Portal em 04/06/2022 às 08:00
Para o médico infectologista, Marco Caseiro, retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados foi uma atitude equivocada. O especialista aponta a ação como principal causa do aumento dos casos de covid-19 em todo o país como justificativa para retomar o uso de item, sobretudo, nas escolas.
Nesta semana, a região da Baixada Santista registrou alta de casos da doença, principalmente nas escolas. Mesmo assim, a maior parte das cidades não cobrará o uso de item de proteção durante as aulas. Em um vídeo obtido pelo Santa Portal, Caseiro condena a liberação, e afirma que há variantes importantes circulando pelo país.
“Eu tenho fala insistentemente que a retirada de obrigatoriedade de máscaras, principalmente de ambientes fechados, foi uma atitude absolutamente precipitada, equivocada e vai contra o que a Organização Mundial de Saúde tem preconizado, dizendo insistentemente que essa pandemia não acabou. O resultado disso é o que a gente está vivendo”, afirma.
“Na verdade, a gente tem a circulação de variantes virais importantes, no meu ponto de vista, nós estávamos com essa BA.2 e agora com essa BA.5, que surgiu provavelmente no continente sul-africano, e tem se expandido de uma forma muito rápida”, explica.
De acordo com o Instituto Butantan, a BA.5 é uma sublinhagem do ômicron, surgidas na África do Sul e atualmente em expansão na Europa, foram encontradas no estado de São Paulo no final do mês de maio. No país, a que predomina é BA.2.
Como foi descoberta há poucos dias, ainda não é possível saber como a nova variante se comporta, e por isso, o especialista alerta para que as pessoas continuem usando máscaras para sua proteção, e sigam ativamente se vacinando contra a doença.
“Os casos nas escolas, nas faculdades, tem aumento importante. Permaneçam utilizando máscara e garantam a vacinação efetiva. Essa é a melhor medida de prevenção coletiva. Não temos outro caminho, a não ser utilizando máscaras, principalmente em ambientes fechados”, finaliza.
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