31/08/2021

Retomada #1 - Escolas de dança se reinventam para manter atividades

Por Gyovanna Soares em 31/08/2021 às 13:12

Crédito: Nilson Bastian / Festival de Joinville
Crédito: Nilson Bastian / Festival de Joinville

A retomada das escolas de dança na Baixada Santista tem sido marcada por incertezas, mas acima disso, a esperança de voltar o mais rápido para os palcos. Enquanto isso não acontece, elas se reinventam a cada dia para conseguir manter suas atividades.

Durante a pandemia, adotaram o formato online, entretanto, com a flexibilização, estão voltando ao normal aos poucos. As escolas estão com todos os cursos disponíveis presencialmente, seguindo todos os protocolos de segurança. Com exceção da Escola Livre de Dança, que está realizando todas as atividades apenas de forma remota até o final do ano.

A proprietária e professora da Corpo e Movimento, Adriane Figueiredo, conta como tem sido essa retomada. “Atualmente as atividades estão retomando, bem devagar, porque as pessoas estão com receio ainda, e continuamos com as aulas de dança online e presencial ao mesmo tempo, respeitando o que os pais desejam pela segurança dos seus próprios filhos.”

“O que nós esperamos é que as coisas avancem, que todos voltem a frequentar a sala para a prática presencial. Para a dança, como qualquer atividade física, o mais importante é a convivência. Por que uma atividade física feita online é muito difícil, e falta o principal que é o convívio, a troca de carinho, afeto e o ensino”, finalizou.

Como na Corpo e Movimento, as escolas têm feito as aulas de forma online e presencial, para que todos os alunos se sintam confortáveis e possam escolher a melhor opção de acordo com as suas circunstâncias.

Espetáculos adaptados

O espetáculo é a forma de mostrar tudo o que foi trabalhado durante o ano. Algumas escolas ainda não conseguiram realizá-lo, por conta dos teatros da região não estarem disponíveis para apresentações.

Entretanto, a diretora e professora do Balé Jovem, Geyssa Alencar, mesmo com dificuldades, conseguiu fazer um espetáculo de forma online.

“Transformamos nossa sala em um palco e gravamos cada turma separadamente, com a ajuda do audiovisual ficou um lindo espetáculo. A estreia foi no YouTube e cada um assistiu da sua casa com a sua família. Foi uma forma diferente, novas formas, emoções e sensações aos nossos alunos. Primeira vez que eles conseguiram assistir a estreia do próprio espetáculo”

“Esse ano ainda não foi permitido que usássemos o palco do teatro. Estamos em processo de iniciar o espetáculo 2021. Será novamente em nossa sala, porém, dessa vez com o público reduzido. Já vamos ter os aplausos do público de pertinho. Ainda em um formato pequeno, dividido, respeitando os protocolos”, conta Geyssa sobre como será este ano.

Já a Escola de Ballet Lúcia Millas, em 2020, com a ajuda dos meios digitais, gravaram pequenos vídeos na sala de aula, para que os alunos e suas famílias tenham a recordação do momento. Mas este ano, a diretora, Lúcia Millas, está avaliando as possibilidades de realizar uma apresentação no final do ano.

Competições estão retomando

As competições, durante a pandemia, também se reinventaram, sendo realizadas de forma online, e agora, aos poucos, voltando ao presencial.

A Escola Livre de Dança foi selecionada, com quatro coreografias, para o famoso Festival de Dança de Joinville, que este ano será realizado em formato híbrido, presencial e online.

Segundo a Leticia Gazal, responsável pela Engenharia da Dança, as competições voltaram desde junho presencialmente, e a escola já participou de alguns festivais presencialmente. Neste domingo (29), os bailarinos e bailarinas irão para a segunda edição do Festival de Dança de São Paulo.

Além disso, na próxima semana, a Engenharia da Dança vai para a final internacional do Passo de Arte, em Indaiatuba, com mais de 15 coreografias classificadas para a final.

Mesmo de forma online, o Balé Jovem recebeu diversos prêmios e até mesmo bolsas de estudos no exterior. A escola começará a competir presencialmente no próximo mês, entretanto, as crianças ainda não vão para o presencial.

Também foram selecionados com 11 coreografias, para o Festival de Dança de Joinville.

Importância e desafio da dança em tempos de pandemia

A pandemia tem sido um período desafiador para todas as áreas, mas principalmente para a dança que requer todo um cuidado com o corpo, e acompanhamento de um professor responsável.

No Balé Jovem, a diretora conta que a adaptação das aulas híbridas foi complicada. Já no presencial, o uso de máscaras foi um grande desafio para a escola.

Leticia Gazal, da Engenharia da Dança, explica a importância da dança para saúde e bem-estar do aluno. “A dança além de atividade física, é uma atividade que trabalha com o emocional, faz muito bem para saúde, então as pessoas estão encontrando de novo a alegria através dessas atividades que a gente propõe, não só para os bailarinos de alta performance mas para todos os alunos de todas as idades que às vezes querem dançar por hobbie ou prazer”.

Por fim, Lúcia Millas contou ao Santa Portal sobre a adaptação ao novo normal. “Dançar à distância foi algo muito novo, mas conseguimos nos manter fazendo o que mais amamos, que é ensinar dança e manter vivo o amor pela arte. Já nos habituamos a viver dentro desse novo normal. E é impressionante a capacidade de todos para se adaptar”.

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