23/06/2017

Baixada Santista perde mais de 1.530 vagas de trabalho no mês de maio

Por #Santaportal em 23/06/2017 às 12:18

EMPREGO – De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) só no mês de maio a Baixada Santista perdeu 1.533 vagas de trabalho com carteira assinada. Os números vêm na contramão do cenário nacional, que registrou no mesmo período a abertura de quase 35 mil novos postos de emprego formal.

Fabiane Gonzalez, de 39 anos, é uma das milhares de pessoas que estão desempregadas na região. Ela é formada em administração de empresas, pós-graduada em finanças e ainda tem experiência como fiscal de mercadorias em supermercados. “Eu estava trabalhando em uma empresa, em contrato de experiência, e quando encerrou o contrato houve desligamento. A empresa alegou questões de queda de vendas, custos, e quando terminou o contrato ela me dispensou. Isso tem uns 20 dias”, contou.

Foram 7.650 admissões contra 9.183 desligamentos. O número de postos fechados foi superior ao registrado em abril, quando 1.099 colocações foram eliminadas. Os números mostram que a região esta em uma situação pior do que a verificada no país, cuja tendência é de mais contratações. Nos cinco primeiros meses desse ano a Baixada Santista fechou 6.562 vagas, com 40.927 contratações e 47.489 demissões.

Segundo o consultor em finanças públicas Rodolfo Amaral, a explicação para a queda progressiva no número de contratações na região é a quantidade de trabalho ligado à prestação de serviços. “65% do pessoal empregado na nossa região esta vinculado a atividade de serviço, que é uma atividade mais sensível em um momento de crise. isso fez com que, na nossa região, em relação aos últimos 2 anos e 5 meses, a taxa de encolhimento do mercado de trabalho fosse de 11% em relação ao total de empregos formais”, afirmou Amaral.

“Estamos bem acima da média estadual (6%) e da federal (7%), e isso é preocupante porque nós tivemos um período áureo em 2007 e 2013, onde o nosso mercado de trabalho, em função da expansão de crédito do segundo governo Lula, em função da bacia de Santos de petróleo e gás, em função de algumas atividades portuárias, nós tivemos crescimento de 67 mil postos de trabalho”, completou.

Diante de tanta dificuldade o que não falta no mercado são empresas especializadas em recursos humanos, Ligadas a empresas privadas, elas cadastram currículos e selecionam possíveis candidatos para vagas. O diretor de uma delas deu dicas para não se deixar abater com as reprovações e principalmente, o que fazer parar conseguir o primeiro emprego ou voltar para o mercado de trabalho.

“Apesar do mercado de trabalho, neste momento estar um pouco recessivo, é um momento que a pessoa deve planejar a sua carreira. É importante que não desanime, que busque entender o que as empresas querem do profissional nesse momento, identificar cursos de qualificação alinhados ao que o mercado espera nesse momento. Sobretudo manter o otimismo, e que se mantenha atualizado e que encontre alternativas”, afirmou o diretor de Recursos Humanos Wagner Tedesco.

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