Professor afastado após denúncia de importunação sexual diz que fazia exame biométrico nas alunas

Por Santa Portal em 22/05/2025 às 15:00

Reprodução/Google Maps
Reprodução/Google Maps

O professor de Educação Física afastado da Escola Municipal Francisco Martins dos Santos, no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente, após ser acusado por cinco alunas de importunação sexual, nega as acusações e afirma que realizava um exame biométrico no momento dos fatos.

Em nota, o advogado Alexander Neves Lopes, que defende o professor, afirma que ele “nega veementemente” as acusações registradas no boletim de ocorrência. Segundo a defesa, no dia 23 de abril o docente ministrou uma aula de exame biométrico, aferindo apenas altura e peso dos estudantes, “sem qualquer toque em partes do corpo” dos alunos.

O advogado disse ainda que “em momento algum” o professor, que terá a identidade preservada, apertou ou empurrou o pescoço de qualquer estudante ou fez comentários como “está no ponto”, como relataram algumas alunas.

De acordo com a defesa, o professor não é titular da escola e estava substituindo a professora responsável, que está de licença. Ele também afirmou que as aulas ocorreram normalmente e de forma aberta na quadra nos dias 7 e 14 de maio, e que o conteúdo de exame biométrico integra a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O caso

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o vice-diretor da escola acionou a Polícia Militar após ser procurado pelas alunas, que relataram a conduta do professor. Todos foram levados à delegacia, e a Polícia Civil abriu investigação. Diligências seguem em andamento.

Uma das mães afirmou que o professor teria passado a mão nos seios e nas nádegas de sua filha. De acordo com o relato, o docente foi agredido e deixou o local. Em vídeo obtido pelo Santa Portal, ele aparece com o nariz sangrando.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informa que o professor segue afastado para o andamento do caso e os devidos processos legais, e ressalta que aguarda as informações oficiais das autoridades para dar prosseguimento às medidas necessárias.

“O município reitera que está prestando todo suporte às alunas envolvidas, com acompanhamento diário da equipe de supervisão de ensino. Por fim, a Seduc ressalta que não tolera ocorrências de assédio e respeita os trâmites legais dos órgãos de Justiça para tomar as providências cabíveis”, disse a prefeitura.

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