Portuários suspendem greve após aceitar proposta salarial oferecida pela SPA
Por Santa Portal em 27/06/2022 às 22:58
Os trabalhadores portuários suspenderam a greve, que durou menos de 24 horas, após aceitarem a proposta salarial feita pela Santos Port Authority (SPA). A decisão ocorreu na noite desta segunda-feira (27), após uma assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores das Administrações Portuários do Estado de São Paulo (Sindaport).
A greve foi instaurada às 6h, pois a categoria pedia para que a autoridade portuária mantivesse o acordo de trabalho coletivo que está em vigor no momento. No entanto, a SPA previa a redução de 100% para 50% no pagamento de horas extras e redução dos dias de folga de cinco para quatro dias durante o mês. As propostas foram apresentadas no domingo.
Após o anúncio da paralisação, houve uma manifestação na porta da SPA durante a manhã. Participaram da greve da greve os trabalhadores da Guarda Portuária, do Operacional e parte Administrativa, do Sindaport e do Sindicato dos Operários Portuários de Santos e Região (Sintraport).
Ainda na tarde dessa segunda, uma nova oferta foi realizada durante audiência de mediação realizada pelo Tribunal Regional de Trabalho (TRT), e segundo a autoridade portuária, foram propostas duas mudanças em relação à última: manutenção dos cinco dias de abono convencional (cláusula) e alteração do adicional de hora extra, que continuará de 100% até o fim de 2022. Em 2023, o percentual passará para 75%. As condições serão estendidas aos sindicatos minoritários que aprovaram a proposta anterior.
Ainda conforme a SPA, a proposta compreende ainda reajuste salarial integral de 100% do IPCA do período, ou seja, de 11,73%. O índice é o reajuste máximo permitido por lei, considerando a limitação legal imposta em ano eleitoral.
Em nota, o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, falou sobre a mobilização da categoria, que se reuniu logo cedo na porta da empresa na avenida Rodrigues Alves. “A SPA quis enfraquecer nosso movimento, ao tentar impedir via judicial a realização da greve. Mas a Justiça ressaltou a liberdade sindical”, afirmou.