Laudo da perícia aponta que bala que matou soldado da Rota não saiu de arma atribuída a suspeito

Por Santa Portal em 18/10/2023 às 21:00

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O laudo pericial elaborado pelo Centro de Exames, Análises e Pesquisas (Ceap) de Balística, do Instituto de Criminalística, apontou que a arma atribuída a Erickson David da Silva, o Deivinho, não possui relação com o projétil que matou o soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, no dia 27 de julho, em Guarujá. O estudo foi anexado nesta quarta-feira (18) à manifestação do Ministério Público (MP).

O revólver, da marca Taurus, foi encontrada quatro dias após a morte do soldado Reis e estava embrulhada em uma sacola. A pistola semiautomática calibre 9 milímetros tem o número de série suprimido. De acordo com o laudo, a arma foi encontrada descarregada.

Deivinho (foto abaixo), que foi apontado no inquérito policial como o autor dos disparos que mataram o policial da Rota, nega que tenha atirado contra a viatura em que estava Patrick.

No dia 15 de agosto, o suspeito havia passado por um exame de orientação do IC de residuografia metálica em tiras com cátion chumbo, onde foi feita a coleta nas duas mãos de Deivinho e o resultado também foi negativo.


Foto: Reprodução

Esse exame também havia apontado que o suspeito pode não ter aitrado contra o policial. No entanto, esse teste não é considerado conclusivo por diversos fatores.

Além de Deivinho, mais três acusados de envolvimento no crime estão presos.

Entenda o caso

Segundo o boletim de ocorrência, durante um patrulhamento de rotina na Vila Zilda, Reis e o cabo identificado apenas como Marin escutaram diversos estampidos característicos de arma de fogo. Eles, então, aceleraram a viatura em que estavam para deixar o local.

Logo depois, informaram que haviam sido baleados. Reis foi atingido na axila, e Marin, na mão esquerda.

O secretário disse na entrevista coletiva que o disparo contra o policial foi dado a uma distância de 60 a 70 metros.

Os dois policiais foram socorridos, mas Reis não resistiu e morreu. Marin permanecia internado em observação.

Ainda de acordo com o registro policial, não há marcas de tiros na viatura nem indícios de quem fez os disparos contra os PMs.

Reis ingressou na PM em 7 de dezembro de 2017 e, segundo a corporação, “exerceu suas funções com grande dedicação e zelo com o que lhe era confiado, sendo um profissional dedicado, amigo e exemplar.

O policial deixou a mulher e um filho de dois anos.

O corpo de Reis foi levado do quartel da Rota, na Luz, em um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Mausoléu da PM no cemitério do Araçá, no centro de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e centenas de policiais acompanharam o sepultamento.

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