Envolvidos nos assassinatos de PMs da Rota na região vão a júri popular

Por Santa Portal em 09/09/2024 às 10:00

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Os quatro envolvidos no assassinatos dos soldados das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, em Guarujá, e de Samuel Wesley Cosmo, em Santos, irão a júri popular. A morte de Patrick desencadeou a Operação Verão na Baixada Santista, enquanto a de Samuel deu início à terceira fase da Operação Verão. A data do júri, no entanto, ainda não foi definida.

Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, é apontado como o autor do disparo que matou o soldado Patrick na noite do dia 27 de julho do ano passado. A Polícia Civil concluiu que Marco Antônio de Assis Silva, o Mazaropi, e Kauã Jazon da Silva, irmã de Deivinho, também estavam no local do crime.

Na decisão, a juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal de Guarujá, decidiu que os Deivinho, Mazaropi e Kauã não poderão aguardar o julgamento em liberdade. “Ainda, trata-se de crimes extremamente graves e se os réus aguardarem o direito de recorrer em liberdade poderão não ser encontrados para a aplicação da presente decisão”, declarou.

Já Kaique Coutinho do Nascimento, o Chip, é apontado como o assassino do soldado Cosmo, que foi morto com um tiro no olho durante uma incursão da Rota no Rádio Clube, na Zona Noroeste de Santos, em 2 de fevereiro deste ano. Chip foi preso em Uberlândia, Minas Gerais, 12 dias após o crime.

O juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santos, decidiu por também manter a prisão preventiva de Chip, que está detido na Penitenciária de Presidente Venceslau.

Operação Verão e Escudo

A Operação Escudo, desencadeada após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, teve duração de 40 dias, entre julho e setembro do ano passado, e deixou 28 civis mortos.

A Verão, que acontece anualmente nas cidades da Baixada Santista, teve as ações policiais intensificadas durante o que ficou conhecida como sua terceira fase, desencadeada após a morte do soldado Cosmo. Em quatro meses, 56 pessoas foram mortas pela Polícia Militar em Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém e Cubatão.

Cinco dias após a morte de Cosmo, na mesma cidade, o cabo José Silveira dos Santos, do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep), também foi assassinado. À época, o gabinete de segurança da SSP foi transferido para Santos e reforçou o policiamento nas nove cidades da região. 

O término da Operação Verão foi marcado pela morte de Edneia Fernandes Silva, 31, vítima de uma bala perdida.

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