Na Aparecida, estátua de Pelé vira reduto para orações pelo Rei
Por Yasmin Braga / Santa Portal em 30/12/2022 às 18:22
Reduto da torcida do Peixe na Aparecida, a panificadora A Santista teve uma sexta-feira muito movimentada. Dentro do estabelecimento, muitos pedidos e curiosos que queriam conhecer o comércio. Em frente, a pracinha com a estátua de Pelé virou um espaço religioso. Quem parava ali, rezava pelo Rei.
“Sou santista. Como santista, a gente sofre em dobro. É um dos dias mais tristes da história do Santos. Não é nada do que queríamos estar passando, ainda mais depois de uma temporada difícil, dentro de campo”, desabafou o estudante Matheus Battan, de 22 anos.
O jovem diz que agora é momento de reverenciar o ídolo. “É o maior da história, dentro e fora de campo. E sempre vai ser. Pensamento positivo é que ele parou de sofrer. Que descanse em paz e continue dando soco no ar lá em cima”.
O aposentado Joaquim Aleixo, de 60 anos, foi à estátua de Pelé acompanhado do filho, Caio Augusto, de 15.
“Tudo que o Pelé fez, a habilidade que ele tem, tudo que ele fez pelo esporte. Eu comentava e ele foi pegando gosto pelo futebol”, disse Joaquim sobre o filho.
O jovem confirma a versão do pai. “Fiquei mais apaixonado por futebol por causa dele mesmo. Meu pai escutava a Copa de 1970 no rádio porque ele trabalhava em uma padaria. Ou seja, você nem sabia como era a cara dessa pessoa, mas a considerava lendária. Pelé movimentou o mundo com a bola nos pés e precisa ser reverenciado para sempre”.
Joaquim afirma que a paixão é de gerações. “E ainda tem o avô, que é botafoguense, mas é apaixonado pelo Pelé”.
Emocionado com a morte de Pelé, Joaquim diz que fica um vazio. “A gente vai ficar sem ele. Estamos tão acostumados com a presença dele nos eventos. No mundo inteiro sempre chamavam ele, homenageavam, mas agora vai ficar um vazio”.
Por fim, Caio acredita que o “futebol sem ele não vai ser o mesmo. Vamos continuar lembrando dele”.