Criminoso é condenado a 45 anos de prisão por matar soldado da Rota em Guarujá
Por Santa Portal em 01/09/2025 às 10:00
O criminoso apontado como responsável pela morte do soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão em júri popular realizado na última quinta-feira (28).
Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, é apontado como o autor do disparo que matou o soldado Patrick na noite do dia 27 de julho de 2023. Segundo o Ministério Público (MP), de acordo com a denúncia, ele e seu irmão, Kauã Jazon da Silva, e o comparsa Marco Antônio de Assis Silva, o Mazaropi, traficavam entorpecentes e possuíam matéria-prima para a produção das drogas. Todos eles eram réus no processo. Por correr em segredo de Justiça, o MP não especificou qual dos réus do processo recebeu a pena mais dura.
Na ocasião do crime, enquanto patrulhavam a biqueira da Seringueira, localizada no Morro da Vila Júlia, quatro policiais militares foram surpreendidos por disparos de arma de fogo realizados pelos réus. Patrick Bastos Reis foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
No plenário, o conselho de sentença absolveu um dos réus de todas as imputações do processo, condenou um segundo pelo crime de associação para o tráfico de drogas e condenou o terceiro corréu a 45 ano e dois meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado, três homicídios tentados, associação para o tráfico e posse de insumos para drogas.
Operação Escudo
A morte do soldado Reis desencadeou a Operação Escudo na Baixada Santista, que durou 40 dias e resultou na morte de 28 civis. O crime marca a primeira vez em que um soldado de Rota foi morto em serviço desde 1999.
Chip condenado a 24 anos
Kaíque Coutinho do Nascimento, o Chip, foi condenado a 24 anos de prisão após júri popular realizado na última quarta-feira (27), em Santos. Ele é acusado de matar o soldado Samuel Wesley Cosmo, também da Rota, com um tiro no rosto.
Chip respondeu por organização criminosa majorada pelo emprego de arma de fogo e por homicídio com cinco qualificadoras (motivo torpe, finalidade de garantir a impunidade de outros delitos, impossibilidade de defesa da vítima, crime contra agente de segurança pública e uso de armamento restrito).
A morte do soldado Cosmo desencadeou a Operação Verão, que registrou 56 mortes em intervenções policiais nas cidades de Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém e Cubatão. A operação é considerada a mais letal do estado de São Paulo desde o massacre do Carandiru, em 1992.
