26/07/2022

Crise de gás na Europa e reunião de política monetária afetam o dólar

Por Folha Press em 26/07/2022 às 10:33

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar era negociado em alta frente ao real logo após a abertura desta terça-feira (26), data que marca o início da reunião de política monetária de dois dias do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, com investidores do mundo inteiro mostrando cautela antes de esperado aumento de 0,75 ponto percentual nos juros norte-americanos.

Colaborava para movimento generalizado de aversão a risco nos mercados financeiros a perspectiva crescente de escassez de gás na Europa, após nova redução nos fluxos do combustível da Rússia para o continente.
Às 9h10 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,26%, a R$ 5,3860 na venda.

Na B3, às 9h10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,48%, a R$ 5,3910.
Real e ações da Bolsa de Valores brasileira tiveram um dia de valorização nesta segunda-feira (25) com investidores contando com uma alta dentro do esperado dos juros nos Estados Unidos, além da perspectiva de valorização de commodities importantes para as exportações domésticas.

O Ibovespa, referência da Bolsa, subiu 1,36%, a 100.269 pontos.

O segmento de energia apresentou forte valorização de empresas do ramo petrolífero. As ações mais negociadas da Petrobras saltaram 4,5% nesta sessão. Os papéis da PetroRio avançaram 4,15%.

O petróleo Brent subiu 1,89%, a US$ 105,15 (R$ 569) por barril. A valorização do preço de referência da matéria-prima ocorre no dia em que a Gazprom, gigante estatal russa, anunciou que vai reduzir o fluxo de gás para a Europa para realizar a manutenção de uma turbina.

O gasoduto passará a fornecer diariamente 33 milhões de metros cúbicos de gás natural, o que representa somente 20% de sua capacidade total. Até o momento, a estatal operava com 40% do potencial de distribuição.

Diante do prolongamento da Guerra da Ucrânia e da manutenção de embargos do Ocidente à Rússia, a possibilidade de corte de gás é cada vez mais considerada por países que dependem desse fornecimento, como é o caso da Alemanha.

É, no entanto, a perspectiva de uma alta dentro do esperado da taxa do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) que desde a semana passada traz certa calmaria para os mercados de ações e de câmbio.

O mercado dá como quase certo o aumento em 0,75 ponto percentual nesta quarta-feira (27).

Em Nova York, o índice de referência S&P 500 subiu 0,13%. As ações de grande valor acompanhadas pelo Dow Jones tiveram alta de 0,28%. O setor de tecnologia e empresas de com maior potencial de cresciemento, presentes no indicador da Nasdaq, caiu 0,43%.

A alta prevista para os juros americanos irá igualar o aumento aplicado pela autoridade monetária dos EUA em junho, a maior em quase 30 anos.

O processo de elevação de juros é adotado pelas principais economias mundiais em uma tentativa de desacelerar a inflação que se espalhou pelo globo com a quebra das cadeias de suprimentos durante a pandemia.

Na semana passada, o BCE (Banco Central Europeu) elevou a taxa básica de juros na região em 0,50 ponto percentual, a primeira alta desde 2011.

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