Cubatão teve uma das melhores qualidades do ar de SP nesta sexta

Por Santa Portal em 14/09/2024 às 18:00

Divulgação/Prefeitura de Cubatão
Divulgação/Prefeitura de Cubatão

O centro de Cubatão e São Sebastião, no litoral norte, foram as únicas cidades do estado de São Paulo que apresentaram qualidade do ar boa na tarde desta sexta-feira (13), segundo o monitoramento diário realizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Das cinco estações de análise do ar instaladas na Baixada Santista, três delas estão situadas em Cubatão e duas em Santos. A do centro de Cubatão passou a registrar qualidade boa a partir das das 11h de sexta, após um período de qualidade moderada.

Para monitorar a situação do ar na Baixada Santista, a Cetesb analisa a presença de cinco poluentes. São eles:

  • MP2,5: partículas inaláveis cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 2,5 micrômetros. Elas penetram profundamente no sistema respiratório, podendo atingir os alvéolos pulmonares. São emitidas na atmosfera principalmente por veículos, processos industriais e queima de biomassa (incêndios);
  • MP10: partículas inaláveis cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 10 micrômetros. Elas podem passar pelo nariz e pela boca. São emitidas na atmosfera por veículos e processos industriais. Também incluem poeira;
  • SO2: é o dióxido de enxofre. Resulta principalmente da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É um dos principais formadores da chuva ácida;
  • NO2: é o dióxido de nitrogênio. São formados durante processos de combustão. O NO, sob a ação de luz solar se transforma em NO2 tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos como o ozônio;
  • CO: é o monóxido de carbono. É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustíveis de origem orgânica, como combustíveis fósseis e biomassa. Em geral, é encontrado em maiores concentrações nas cidades, emitido principalmente por veículos;
  • O3: é o ozônio. Ele forma a chamada névoa fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que possui esse nome porque causa na atmosfera diminuição da visibilidade.

“Vale da Morte”

Durante os anos 80, Cubatão era chamada “Vale da Morte” e chegou a ser considerada a cidade mais poluída do mundo devido às consequências do grande complexo industrial que o município abrigava.

As consequências para a saúde pública foram devastadoras: a população enfrentava altas taxas de doenças respiratórias, câncer e outras condições graves. A mortalidade na região era consideravelmente mais alta em comparação com outras áreas. Na época, a cidade chegou a registrar nascimento de bebês sem cérebro.

A situação mudou depois da tragédia da Vila Socó, em 1984, quando 93 pessoas morreram em um incêndio. Na ocasião, as chamas foram provocadas pelo vazamento de gasolina de um duto da Petrobrás, que incendiou a favela onde moravam cerca de 6 mil pessoas.

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