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12/04/2025

Mesmo com chocolates mais caros, vendas na Páscoa devem subir 7% no litoral paulista

Por Santa Portal em 12/04/2025 às 07:00

Divulgação/CDL Santos Praia
Divulgação/CDL Santos Praia

Dizem que só um chocolate tem o poder de adoçar a vida, mas nesta Páscoa muitos clientes podem experimentar o sabor amargo dos preços. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL Santos Praia, entidade ligada ao comércio, este ano, os ovos de Páscoa estão cerca de 10% mais caros. Mesmo assim, as vendas devem subir em torno de 7% no litoral paulista.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), a crise do cacau fez com que os preços subissem. Para entender: dois dos maiores produtores mundiais, Costa do Marfim e Gana, tiveram uma queda nas plantações provocadas pelo El Niño e isso quase triplicou o preço da tonelada do cacau de US$ 2.500 (cerca de R$ 14.777) para US$ 8.000 (cerca de R$ 47.287). O resultado foi um déficit de 700 mil toneladas no mercado brasileiro.

Este ano, a Páscoa vai ter uma nova configuração no mercado, em supermercados, menos ovos expostos e mais caixas de bombons. Em alguns locais, o espaço foi reduzido em quase 60%, mesmo faltando poucos dias para a data. Mas, em compensação há mais novidades lançadas. São 803 itens diferentes contra 611 em 2024. Os ovos têm novas gramaturas, composições com castanhas, pistache, amendoim e frutas. Na prática, estão menores e mais caros. 

“Com a disparada não só do cacau, mas de outros insumos, os ovos estão mais caros e é possível que neste ano as pessoas comprem ovos menores ou prefiram caixas de bombom, pra não passar em branco”, diz o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi.

Até os produtores artesanais são afetados porque eles precisam de estratégias para driblar a alta dos insumos como optar por um mix de produtos e diminuir o tamanho da embalagem. 

Os dados da Abicab apontam que este ano a produção foi de 45 milhões de unidades de ovos, no ano passado a fabricação foi de 58 milhões, uma queda de 22,4% na comparação com 2024. O consumo médio per capita/ano de cacau se manteve em 3,9 kg.

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