29/09/2024

Instituto soma 100 toneladas de resíduos retirados em limpeza de praias

Por Guilherme Esron em 29/09/2024 às 13:00

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O Instituto EcoFaxina, dedicado ao combate ao lixo no mar, vem realizando ações que impressionam pelos números, e em 16 anos de atuação, mais de 5 mil voluntários participaram de 180 ações de limpeza, recolhendo aproximadamente 100 toneladas de resíduos. Até agora, já foram recolhidos mais de 200 mil bitucas de cigarro, 1.100 itens eletrônicos, além de plásticos, vidros, borracha e até objetos inusitados como geladeiras, sofás e colchões das praias e mangues da Baixada Santista.

William Schepis, biólogo e diretor-presidente do Instituto, ressalta a importância das ações realizadas. “Há 16 anos, trabalhamos ativamente para reduzir os resíduos sólidos no oceano. Atuamos no estuário de Santos, nas praias da Baixada Santista e em outras regiões do Brasil. A cada ação, além da limpeza, promovemos conscientização e educação ambiental”, explica.

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Além das limpezas, o Instituto EcoFaxina também desenvolve projetos voltados à contenção de resíduos flutuantes e à recuperação de áreas de preservação permanente. Um dos grandes projetos da instituição, o Sistema Ambiental de Coleta de Resíduos, prevê a instalação de ecobarreiras no sistema estuarino e a criação de uma cooperativa no bairro Jardim São Manoel, em Santos, para atuar na limpeza de manguezais e reciclagem, gerando emprego para moradores da região.

“Esse projeto, que tramita desde 2011, visa a recuperação do manguezal, berçário da biodiversidade e essencial para a sobrevivência de inúmeras espécies. Queremos formar uma frente de trabalho com moradores de palafitas, para que eles ajudem na limpeza e, ao mesmo tempo, tenham uma fonte de renda”, destaca Schepis.

Ele também alerta para a falta de cooperativas na região, o que faz com que grande parte do material recolhido acabe em aterros sanitários.

“Estamos desperdiçando uma fonte de renda valiosa. Recicláveis têm valor de mercado e poderiam contribuir para melhorar a vida de muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, além de evitar que continuem poluindo nossos ecossistemas. Precisamos mudar essa realidade”, conclui.

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