Câmara de Guarujá discute nesta terça novo pedido de impeachment de Suman

Por Santa Portal em 04/04/2022 às 15:52

Reprodução/SCTV
Reprodução/SCTV

A Câmara Municipal de Guarujá vai discutir nesta terça-feira (5) novo pedido de impeachment do prefeito Valter Suman (PSDB). O novo pedido de impedimento do chefe do Executivo do município foi protocolado pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, autor do primeiro pedido de impeachment de Suman.

No documento protocolado no Legislativo, o autor do pedido de impeachment alega a prática, em tese, de crime de responsabilidade e quebra de decoro em função pública por parte do prefeito.

O documento traz informações e provas anteriormente apresentadas à polícia argumentando a necessidade do impeachment.

Suman é investigado pela Polícia Federal por possíveis desvios na área da Saúde do município. Na última terça (29), o prefeito foi afastado do cargo por ordem judicial. A vice Adriana Machado (PSD) assumiu interinamente o comando da Prefeitura.

O Santa Portal apurou que as investigações da Polícia Federal sobre um suposto esquema de corrupção e desvio de verbas públicas na Prefeitura de Guarujá, indicaram que o prefeito, Válter Suman, e sua esposa, Edna Suman, tiveram gastos “astronômicos” nos últimos dois anos. Compras de roupas e de joias ultrapassam mais de R$ 3 milhões.

Além disso, Gonçalves peticionou nesta segunda-feira (4) ao presidente da Câmara, Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (Progressistas), informando que ele e os vereadores Mario Lucio (PSB), Nego Walter (PSB), Sirana Bosonkian (PTB), Naldo do Perequê (PSB) e Santiago Angelo (Progressistas) também são investigados nos termos da representação apresentada pela Polícia Federal ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e que, por isso, eles devem ser impedidos de participar da votação para aceitação ou não do novo pedido de impeachment de Suman.

Primeira fase

A acusação contra Suman envolve fraudes nas contratações das áreas de saúde e educação realizadas pela Prefeitura. As empresas Organização Social Pró-Vida (OS) e a empresa AM da Silva Serviços Administrativos Ltda. (AM da Silva) teriam firmado contratos com o município que superam valores de R$ 30 milhões – uma parte substancial desse valor teria sido repassada pelo Governo Federal para o combate à pandemia da covid-19.

Suman e o secretário de Educação, Marcelo Nicolau, chegaram a ser presos pela Polícia Federal em setembro de 2021 durante a primeira fase da Operação Nácar-19. Em imóveis ligados aos investigados foram encontrados dinheiro e joias, inclusive no Gabinete Municipal.

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