Unisanta firma parceira inédita com prefeitura de Santos

SAÚDE – A Universidade Santa Cecília (Unisanta) firmou uma parceria com a Prefeitura de Santos para prevenir o contágio de doenças sexualmente transmissíveis. O programa foi lançado na manhã de hoje (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids.

A Unisanta e a Coordenadoria de Controle de Doenças Infectocontagiosas da administração municipal de Santos vão trabalhar juntas para reduzir o contágio entre os universitários com informações sobre prevenção e tratamento.

Os cursos das áreas de saúde e comunicação vão participar da campanha. A Prefeitura disponibilizou preservativos femininos e masculinos que poderão ser retirados de graça em diversos pontos da Universidade.

A Universidade investirá em campanhas de conscientização intermitentes junto aos alunos e também ao público externo, com os pacientes que realizam tratamento em sua clínicas universitárias. “Esta é mais uma ação que a Unisanta realiza em termos de conscientização, prevenção e tratamento, em suas clinicas de Fisioterapia, Odontologia e Farmácia, além das campanhas a cargo de seus Cursos de Comunicação”, afirma a presidente da Unisanta, Lúcia Teixeira.

“Essa parceria é muito importante porque há um aumento de infecção por vírus HIV em adultos jovens, de alta escolaridade. Seria interessante que outras universidades também se engajassem”, afirma Regina Lacerda, coordenadora de Controle de Doenças Infectocontagiosas da Secretaria de Saúde.

As taxas de detecção do HIV na população como um todo cresceram 4,2 vezes entre 2000 e 2015, passando de 4,2 para 17,6 casos por 100 mil habitantes no período no Estado de São Paulo. Mas entre os homens o crescimento no período foi muito maior: 6,5 vezes, contra 1,8 no caso das mulheres.

Em relação à idade, as maiores taxas de detecção do vírus em homens concentram-se entre jovens de 20 a 24 anos. Nessa faixa etária o índice de detecção subiu de 30,8 para 79,4 casos por 100 mil habitantes no período de 2010 a 2015.

Entre os homens de 25 a 29 anos a taxa de detecção passou de 35,9 para 70,5 no mesmo período. Mesmo entre os jovens do sexo masculino de 15 a 19 anos há uma tendência crescente de detecção do HIV. A taxa para essa faixa etária cresceu de 7,4 para 20,6 casos entre 2010 e 2015.

Desde 1980 o Estado de São Paulo registrou 251.133 casos de Aids. A razão de sexo (homem/mulher), que apresentava declínio, desde 2008 vem crescendo, de 1,7 caso por 1 para 2,8 por 1 em 2015.