Tamanduá-mirim é resgatado após atropelamento e solto em Registro; vídeo
Por #Santaportal em 22/01/2020 às 09:22
SÃO VICENTE – Um tamanduá-mirim foi solto ontem pelo Pelotão Ambiental da Guarda Municipal de São Vicente. Ele foi resgatado após ter sido atropelado por um veículo em Registro, no Vale do Ribeira. A solicitação foi feita pela Aiuká Consultoria e Soluções Ambientais, em Praia Grande.
Após tratamento e reabilitação, o Pelotão Ambiental efetuou o transporte do tamanduá-mirim, juntamente com a equipe de veterinários da Aiuká até uma área de mata fechada em Registro, onde foi feita a soltura.
O tamanduá-mirim (nome científico: Tamandua tetradactyla), também chamado tamanduá-colete, jaleco, mambira, melete ou mixila, é um mamífero xenartro da família Myrmecophagidae, sendo encontrado da Venezuela ao sul do Brasil. É uma das quatro espécies de tamanduás e junto com as preguiças está incluído na ordem Pilosa.
São reconhecidas quatro subespécies. É um animal arborícola e pode ter até 105 cm de comprimento. É reconhecido principalmente por um padrão de pelagem que faz com que pareça que ele usa um colete preto, apesar de que essa coloração pode variar, com indivíduos totalmente pretos ou marrons. Possui longas garras nas patas anteriores, e caminha apoiando o peso sobre os pulsos dos membros anteriores, contrastando com o tamanduá-bandeira, que é nodopedálico.
Pode ser encontrado em muitos ambientes, desde florestas até savanas, mas é predominantemente florestal, sendo encontrado com frequência em bordas de florestas, preferindo forragear nesses ambientes. São animais solitários, de hábitos que podem ser tanto diurnos quanto noturnos. Se alimenta preferencialmente de formigas e cupins, preferindo as castas reprodutivas de formigas, e não soldados.
Seus predadores incluem felinos de grande e médio porte, como a onça-pintada, a suçuarana e a jaguatirica. Os filhotes são carregados nas costas da mãe, até que se tornem independentes, mas ocasionalmente podem ser deixados em “ninhos”.
Está listado como “pouco preocupante” pela IUCN. Apresenta distribuição geográfica ampla, e é relativamente abundante nos locais em que ocorre, apesar de já terem ocorrido extinções locais. Não parece haver grandes ameaças para o tamanduá-mirim, apesar de que a caça para alimento ou venda como animal de estimação, predação por cães representam perigo à sobrevivência das populações dessa espécie.
No Uruguai, as populações tendem a diminuir principalmente por conta da substituição de áreas naturais por plantações de Eucalyptus.
Confira as imagens da soltura do tamanduá-mirim, cedidas pelo Pelotão Ambiental da Guarda Municipal de São Vicente:
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