15/12/2025

Senado deve desidratar taxação do streaming com alíquota menor

Por Eduardo Moura/ Folha Press em 15/12/2025 às 18:05

Reprodução
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O relator do PL do streaming no Senado, Eduardo Gomes (PL-SE) pretende diminuir a taxação das plataformas de vídeo sob demanda.

A lei define que as plataformas de vídeo que atuam no Brasil, pagas ou abertas, deverão pagar a Condecine, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional.

Na Câmara, foi aprovado o texto do relator Doutor Luizinho (PP-RJ), que estabelece que plataformas fechadas, como Netflix, Prime Video, Globoplay, Apple TV+ e Disney+, paguem uma alíquota de 4% calculada em cima da receita bruta anual das empresas.

Agora, fontes confirmam que o parlamentar pretende colocar uma alíquota de 3%.

Ao longo do ano, entidades do audiovisual brasileiro independente se engajaram em campanhas pedindo que a alíquota fosse de 12% em cima do faturamento bruto. O Ministério da Cultura defende oficialmente a alíquota de 6%.

No projeto vindo da Câmara, plataformas abertas, como YouTube, TikTok, Instagram e Kwai, deverão pagar 0,8%, no máximo, mas sem a possibilidade de dedução direta.

A maior parte do valor devido pelas grandes plataformas poderá ser deduzido na forma de investimento direto em licenciamento nas produções brasileiras que elas escolherem -o teto de dedução será de 60%.

“Se os rumores de alíquotas forem concretizados no relatório que está por vir , com 3% para plataformas de streaming e apenas 0,8% para as big techs de compartilhamento, teremos um cenário de vitória absoluta dos gigantes digitais e de derrota profunda para a indústria audiovisual independente brasileira”, afirmou Pa Folha Tiago de Aragão, diretor da API, a Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro.

A reportagem procurou o senador Eduardo Gomes e a Strima, associação que reúne Netflix, Disney+, Prime Video, HBO e Globoplay, mas eles não quiseram se posicionar.

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