23/10/2023

Sem perder a essência, The Bombers lança Alma em Desmanche

Por Blog n’ Roll em 23/10/2023 às 11:08

Reprodução
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Falar sobre a renovação do The Bombers é chover no molhado. Uma banda que surgiu em 1995, em Santos, tocando um punk rock cru, mas há anos se mostra um nome muito empolgante, sem ficar preso a rótulos. Não fica na receita batida de sempre como outros contemporâneos ainda em atividade.

Um novo álbum do Bombers significa a chance de ouvir experimentos novos, mas sem se perder em sua essência. Ou seja, a pegada punk rock está lá, mas jamais gravará um álbum igual ao outro.

Alma em Desmanche, que chegou ao streaming durante a semana, após ter sido lançado em formato físico nos shows, é mais uma prova dessa inquietação dos integrantes.

Aqui, além da sonoridade renovada, com influências de várias vertentes do rock e o ska tradicional do grupo, o Bombers optou por um álbum 100% em português. É a primeira vez que eles lançam um registro na língua portuguesa desde Achados & Perdidos (2019), que reúne cinco canções do início da década 2000.

As letras de Alma em Desmanche também são um destaque a parte. Matheus Krempel, vocalista e compositor do Bombers, abre o coração em faixas emotivas e pessoais.

Em A Morte, canção que abre o disco, o refrão não sai da cabeça: “Sem medo de encontrar, à espreita em algum lugar, sem medo de encarar, não posso parar, não vou te esperar“.

Deixa Ser, que vem na sequência, também não fica para trás. “Deixa ser, ver pra crer, Deixa ser e seja o que Deus quiser“.

Ardendo em Chamas, a terceira do álbum, é um hit pronto desde a pandemia, quando o Bombers tocou no Juntos Pela Vila Gilda, gravou a canção no EP Bumerangue, além de ter lançado um videoclipe gravado em Cubatão, na Baixada Santista.

O Louco também tem sua poesia característica. Impossível não sair cantarolando por aí: “Não existe ontem, não existe amanhã, não existe ontem, porque é só hoje, tem que ser“.

Tradições mantidas do Bombers

Mudamento é o ska que mantém a tradição do Bombers de incluir o ritmo jamaicano em suas produções desde os anos 1990 com a clássica Smiling.

O álbum ainda traz faixas com mais refrões chicletudos, como A Roda, O Fantasma, O Abismo, Não Vencer Não é Perder e A Culpa.

O Abismo, aliás, também entra na lista dos refrões mais lindos do disco: O Abismo em mim destrói o que é ruim, o Abismo em mim constrói tudo que peço e a força para seguir.

Alma em Desmanche é um tapa na cara de quem fica sentado na mesma fórmula a vida inteira e não consegue evoluir. Não tenha medo de dar errado. E se der errado, bote a culpa em mim, como canta o Bombers em A Culpa. Discão!

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