Secretário de Justiça fala da criação de escolas nas comunidades indígenas
Por Santa Portal em 10/10/2023 às 16:45
O secretário de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Fábio Prieto, falou sobre a criação da nova Coordenadoria de Políticas Públicas para Povos Indígenas e também sobre os investimentos do governo. O responsável pela pasta esteve nos estúdios da Santa Cecília TV como participante do programa Ponto de Vista, com Edgar Boturão.
Em entrevista ao Santa Portal, na tarde desta terça-feira (10), o secretário afirmou que o governo está investindo bastante nas comunidades indígenas.
“Estamos investindo bastante nisso. Achamos que a solução para o Brasil é essa, é gastar dinheiro com as comunidades indígenas e provê-las das necessidades básicas, como nós fazemos com o resto da população. A nossa solução é pelo outro lado. É atendê-los e provê-los dos meios necessários básicos dando serviço”, afirma Prieto.
O secretário confirmou que, além da criação desta nova coordenadoria, um cacique de Ubatuba será nomeado para comandar o órgão. De acordo com Prieto, as comunidades indígenas estão sendo treinadas pelo programa Guardiões da Floresta, para utilizar drones.
“Eles sobem os drones e fiscalizam a Mata Atlântica. quando há problema, eles chamam a Polícia Militar Ambiental, eu acho que a gente vai aumentar o grau de eficiência da preservação da nossa Mata Atlântica. Eles recebem por isso e têm uma renda, que é importante”, explica.
Além deste programa, Prieto afirmou que 22 escolas serão construídas nas comunidades indígenas, em parceria com a Secretaria de Educação. Inclusive, o secretário disse que todas seguirão um modelo de construção de que é bastante utilizado na nossas região.
“Estamos fazendo um plano com o secretário da Educação, Renato Feder, construindo 22 escolas nas comunidades indígenas, inclusive a primeira escola vai ser nesse modelo construtivo novo aí dos prédios do litoral que é uma construção mais rápida e de melhor padrão. Se isso pegar, nós vamos usar em todas as escolas inclusive”, afirma.
O secretário abordou ainda temas como a Fundação Casa e o tráfico de pessoas. Segundo Prieto, a Fundação Casa faz um trabalho bastante interessante e depois de mudar de modelo, mais pessoas passaram a apoiar.
“Quando ela mudou de modelo, ela trouxe a comunidade para dentro. As comunidades, as cidades, hoje apoiam muito a Fundação Casa. Dão emprego, ajudam no tratamento, recuperam as famílias, enfim. É um trabalho bastante interessante. Eu acho que a gente está no caminho certo e ela presta um serviço bom” conta.
Já sobre o tráfico de pessoas, através do Porto de Santos, o secretário foi breve, mas afirmou que este é um problema potencial, diferente do tráfico de drogas. Para ele, é mais uma questão de vigilância e prevenção.
“Bom, para nossa sorte, esse é um problema potencial, ao contrário do tráfico de drogas. Então o nosso trabalho aqui é mais preventivo, pedagógico, é um trabalho para manter a vigilância e a prontidão, para gente não começar a ter esse problema aqui, que por enquanto nós não temos um problema agudo com o tráfico de pessoas”, explicou.