Sargento e cabo são suspeitos de liberarem 36 caça-níqueis após receberem R$ 10 mil

Por Santa Portal em 10/02/2025 às 05:00

Divulgação/PM
Divulgação/PM

Um sargento e um cabo do 21º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), com sede em Guarujá, são suspeitos de receberem propina de R$ 10 mil para não apreenderem um carregamento de 36 máquinas caça-níqueis.

O suposto caso de corrupção aconteceu por volta das 23 horas da quarta-feira da semana passada (5), em Vicente de Carvalho. Por enquanto, ninguém foi preso, embora algumas pessoas já estejam identificadas, além dos dois policiais suspeitos.

A descoberta do esquema foi realizada pela própria Polícia Militar. Durante patrulhamento pela Avenida Mário Daige, policiais se depararam com um caminhão parado e, atrás dele, como se houvesse uma abordagem, uma viatura da PM.

Em determinado momento, a viatura que estava parada foi embora, o mesmo ocorrendo com o caminhão, porém, em sentido contrário. Essa movimentação causou estranheza aos PMs que realizavam o patrulhamento e eles decidiram seguir o caminhão.

A abordagem ao caminhão aconteceu na Avenida Áurea Gonzalez de Conde. O motorista admitiu o transporte das máquinas caça-níqueis e revelou que o “chefe” dele fez um acordo com os PMs para os equipamentos não serem apreendidos.

Diante da grave denúncia, os policiais que acompanharam e abordaram o caminhão acionaram um tenente do Comando Força Patrulha. Esse oficial se dirigiu ao local, acionou a sua câmera corporal e começou a conversar com o motorista.

Durante o diálogo, o tenente pediu para o condutor do veículo telefonar ao chefe, que esclareceu ter incumbido um tal de “Boca” a pagar a propina aos policiais. O interlocutor do oficial também disse que o acerto ocorreu em uma adega no bairro Santo Antônio.

O caso foi apresentado no plantão da Delegacia de Guarujá, sendo registrado boletim de ocorrência sobre “apreensão de objeto” e “contravenção penal de jogo de azar” para que a equipe do 2º DP, em cuja área se deram os fatos, dê sequência às investigações.

Segundo o delegado plantonista Natan Alves Lourenço Dias, com base nas câmeras corporais exibidas pelos policiais militares não foi possível estabelecer de imediato se houve corrupção ativa e a prática de jogo de azar. (EF)

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