São Vicente define empresa para assumir emergencialmente o transporte público

Por Santa Portal em 22/07/2022 às 06:01

nova linha de ônibus
nova linha de ônibus

A Prefeitura de São Vicente definiu a empresa que irá substituir a Otrantur e assumir, emergencialmente, a operação do transporte público na cidade. As linhas de ônibus municipais serão operadas pela Santa Cecília Turismo LTDA (Sancetur). O início das operações será em 1º de agosto, com 70 veículos, pelos próximos seis meses.

A informação foi publicada no Boletim Oficial do Município (BOM) de São Vicente desta sexta-feira (21), mas o documento não expõe a data em que a empresa iniciará a operação dos ônibus na cidade. Segundo o BOM, foi realizada a contratação emergencial da empresa para a prestação do serviço de transporte público coletivo de passageiros no município, sendo a contratante a Prefeitura Municipal de São Vicente, e a contratada, foi a Sancetur.

De acordo com a prefeitura, a definição da empresa foi realizada após pesquisa de mercado e análise da capacidade técnica, financeira e operacional de diversas empresas do ramo, sendo que a proposta da Sancetur foi a que apresentou menor custo e melhores condições para executar os serviços conforme as exigências.

O novo contrato terá valor mensal de R$ 4.882.129,20, sendo ofertado quase o triplo de veículos em circulação atualmente, com os mesmos valores de tarifa. A quantia é quase metade do pagamento mensal feito à antiga concessionária Otrantur, que era cerca de R$ 8.429.146,92.

Ainda segundo a prefeitura, a transição entre as duas empresas será definida na próxima semana, com acompanhamento e intermediação da Secretaria de Defesa e Ordem Social (Sedos), responsável pela fiscalização do transporte público na Cidade, visando causar o menor impacto possível aos usuários.

O Decreto Municipal 5871/22 segue em vigor e a empresa Otrantur deverá operar o sistema até o dia 31 de julho.

A empresa tem sede em Paulínia e foi criada em 1992. Atualmente, atende diversos municípios do interior do Estado de São Paulo, como Americana, Atibaia, Indaiatuba, Limeira e Valinhos, além do transporte escolar em Americana, Indaiatuba, Paulínia e outras localidades.

Entenda a mudança

A mudança de empresa que opera o transporte público municipal em São Vicente foi definida no dia 1º de julho. Isso porque os funcionários da Otrantur, antiga empresa contratada para prestar este serviço, entraram em greve por tempo indeterminado exigindo pagamentos e benefícios atrasados.

A greve que começou no início deste mês foi realizada de forma regular, cumprindo as normas e com a circulação de metade da frota e 70% dos ônibus em horários de pico, conforme liminar da Justiça. No entanto, esta não foi a primeira vez que os motoristas e funcionários da Otrantur cruzaram os braços, já que o problema com pagamentos era recorrente. Dessa forma, a prefeitura decidiu romper o contrato.

Em entrevista à Santa Cecília TV, no dia 5 de julho, o prefeito Kayo Amado afirmou que o contrato com a Otrantur seria encerrado e uma nova empresa assumiria a administração do transporte público municipal. “A gente está muito contente porque tomou uma decisão em prol do povo de São Vicente, foi uma decisão difícil e necessária, um contrato firmado por 20 anos, então não é simples de encerrar”.

O prefeito ainda disse que foram reunidas provas de que a qualidade do serviço prestado não era satisfatória, para que o contrato pudesse ser rescindido. “Essa novela de terror que vive São Vicente precisava ter fim, e o fim é neste final de mês. Uma empresa que não consegue oferecer um bom serviço, somado ao fato de não conseguir pagar seus trabalhadores, mesmo com todos os esforços que a prefeitura faz para ajudar nisso. Foi a gota d’água, mais uma greve, sem dúvida nenhuma, ao final deste mês, a gente bota um ponto final nessa história”, completou.

A ideia é que, até que o contrato com a Otrantur seja encerrado pela prefeitura, em agosto, os transtornos sejam minimizados ao máximo, segundo o Kayo Amado. “O transporte é algo essencial, a gente está trabalhando com todo cuidado necessário para que não haja risco e, o que vai acontecer nesse momento é que a gente já abriu uma requisição de contratação e a gente vai trabalhar para fazer a contratação emergencial, para que no dia 1º de agosto, a gente já tenha uma nova empresa de forma emergencial operando na cidade por um tempo determinado, até que a gente finalize o processo de contratação definitivo para o transporte da cidade”, disse na entrevista.

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