Restaurantes e bares esperam por ampliação do atendimento ao público

Por Carolina Iglesias em 07/08/2020 às 10:56

FASE AMARELA – Restaurantes, padarias e demais estabelecimentos de consumo local estão autorizados, desde a última quarta-feira (5), a atender aos consumidores, presencialmente, até as 22 horas. A medida que entrou em vigor ontem vale para as regiões que estão há 14 dias na fase amarela do plano de flexibilizações do Governo de São Paulo.

Na Baixada Santista, apesar de alguns municípios já permitirem o funcionamento dos estabelecimentos no horário noturno, a possibilidade de fracionar o atendimento em dois períodos, agora permitida, é vista de forma positiva pelo presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHores), Heitor Gonzalez. O tempo de funcionamento, no entanto, permanece em seis horas por dia.

?Em Guarujá, Santos e São Vicente, nós já tínhamos decretos municipais que permitiam o funcionamento no período da noite. O que é positivo, agora, para estes estabelecimentos é a possibilidade de fracionar o atendimento em períodos da manhã e noite. Nós tínhamos muitos lugares que só abriam no período da noite, mas que desejavam atender no almoço também?, explica.

A expectativa do presidente do SinHores, agora, é que ao ser reclassificada a região da Baixada Santista e também do Vale do Ribeira possam ter o horário de atendimento ao público estendido para 8 horas.

?Essa limitação no atendimento acaba sendo muito prejudicial aos estabelecimentos, porque eles já estão com o atendimento limitado a apenas 40% da ocupação total. Com o período de atendimento muito curto, aglomerações acabam sendo inevitáveis?, comenta.

Delivery foi alternativa

Durante a pandemia, Heitor Gonzalez estima que cerca de 25 mil postos de trabalho tenham sido encerrados em 23 cidades da Baixada Santista e Vale do Ribeira. O serviço de delivery, segundo ele, foi a saída encontrada por muitos comerciantes para que estes estabelecimentos pudessem manter parte do faturamento e, consequentemente, os empregos.

?Os estabelecimentos que já tinham o serviço em funcionamento conseguiram ampliar suas vendas por meio do delivery. O faturamento de muitos deles passou de 20 a 40% das vendas que eram realizadas por meio das entregas em casa?.

Já aqueles que não tinham o atendimento delivery, segundo Gonzalez, levaram até dois meses para se adequar à novidade. Hoje, muitos deles, tiveram um incremento no faturamento de até 20% com as entregas.

?Quem mais sofreu nesse período, infelizmente, foram os bares e hotéis, que realmente ficaram fechados por cinco meses. Tanto que a maioria das demissões ocorreu nestes setores?.

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