20/03/2015

Quando identificar o momento de troca da escova de dente?

Por Aldo Neto/Especial para o #Santaportal em 20/03/2015 às 09:59

ESPECIAL – Quando saber o momento ideal de trocar sua escova de dente? Essa é uma dúvida que muitas pessoas têm, mas poucas tem o cuidado e a atenção necessárias com este ator principal da Saúde Bucal. A fim de levar informação aos seus internautas no Dia Mundial da Saúde Bucal (que é comemorado nesta sexta-feira, dia 20 de março), o Santaportal ouviu especialistas no tema.

O indício mais adequado é o formato das cerdas da escova. Se as cerdas começam a deformar, abrir e entortar é hora de trocar de escova. Mas, se as cerdas estiverem alinhadas umas com as outras a escova ainda tem tempo de vida. Segundo a especialista em Periodontia (Ramo da Odontologia que estuda e trata as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes), a cirurgiã-dentista, Solange Daud, afirma que a maneira com que a pessoa escova o dente é determinante para o tempo de uso da escova. “O tempo de uso da escova está ligado à força e método com que a pessoa escova seus dentes. Se utilizar de maneira correta, limpando os dentes e as gengivas com a força necessária e o sentido correto, que é o da gengiva, o tempo médio são dois a três meses”. Solange alerta que existem pessoas que detonam a escova antes e outras conseguem ficar com elas por mais tempo.

Especialista em Reabilitação Oral e Estética, o cirurgião-dentista Vitor Legnaieli Seabra Pereira alerta para que as pessoas não fiquem mais de três meses com a mesma escova. “Devemos trocar nossas escovas dentais a cada três meses ou quando as cerdas deformarem. Nesse caso, tenho pacientes que escovam com tanta força, que as escovas não duram mais do que 20 dias, o que não deveria ocorrer. Já outros têm a mão tão leve para fazer a escovação, que as escovas não deformam. Porém, estudos mostram que após três meses de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa dos dentes e gengivas em comparação com escovas novas. Por isso é hora de trocar”.

O periodontista e cirurgião geral, Ronaldo Cândido Gomes Júnior, lembra que o ideal é a pessoa questionar ao seu cirurgião-dentista a maneira correta de escovar os dentes. “É dever do dentista orientar a maneira correta de escovação ao seu paciente e qual a melhor escova para seu uso diário. Temos hoje muita opção no mercado. Escovas mais duras, elétricas, mais baratas, de mais tecnologia. Essa orientação deve partir do cirurgião-dentista de cada pessoa, que conhece mais particularmente a Saúde Bucal e as condições de cada paciente”.

Coordenadora do curso de Odontologia da Universidade Santa Cecília, a cirurgiã-dentista Rosângela Aló Maluza Florez, lembra que existem escovas no mercado que mudam a coloração das cerdas indicando o momento de troca. “Hoje a Odontologia possui tecnologia que pode dar a cada paciente a atenção necessária de sua Saúde Bucal de forma particular. Aqui na Unisanta, temos a disciplina de Cariologia, onde o aluno aprende as técnicas de escovação e quais as melhores escovas para cada paciente, levando em consideração sua idade, deixando o dentista preparado para dar a orientação correta do tempo de vida da escova e qual é a ideal para cada caso”.

Diretor do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) para Baixada Santista e Vale do Ribeira, Braz Antunes Mattos Neto, lembra que os fabricantes deixam expresso nas caixas das escovas o tempo médio de durabilidade de cada uma delas. “Mas as cerdas são o melhor indicativo para o tempo de troca ou não de escova”.

Cuidados
Outro fator que aumenta a durabilidade das escovas e melhora a qualidade da Saúde Bucal são os cuidados básicos com estes aparelhos. Solange Daud alerta que apenas enxaguar com água, como pensa a maioria das pessoas, não garante a limpeza das escovas. “É importante limpar sempre a escova fazendo uma desinfecção. E a água não basta. É preciso fazer uma limpeza mais profunda para matar as bactérias. O ideal é deixar a escova de molho. Existem produtos específicos para isso, mas o mais fácil é deixar de molho no enxaguante bucal”.

O hábito das famílias de deixar as escovas de dente todas juntas também não é o ideal. “As bactérias transitam entre as escovas. O correto é não deixar as escovas guardadas em lugares abertos, pois elas ficam expostas as bactérias que estão no ar”, orienta Solange. Para evitar que membros de uma mesma família transmitam doenças entre si, o dentista Vitor Seabra orienta que as escovas fiquem guardadas sem encostar uma nas outras. “Um porta-escovas tradicional, com fendas, para manter diversas escovas em pé é uma forma de preservar a saúde de sua família. A cavidade oral é repleta de micro-organismos e estes compõe a flora oral. As escovas dentais, quando mal armazenadas, podem se tornar um meio de cultura para germes, fungos e bactérias”.

Separar bem as escovas e não dividir a mesma entre duas pessoas é uma providência de vital importância para manter a qualidade da Saúde Bucal. “O uso de caixinhas de cerdas também ajuda. Não garante a não infecção por bactérias, mas dificulta bastante à propagação das mesmas”, explica Solange Daud.

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