09/04/2022

Projeto valoriza comunidades pesqueiras da região para compensar danos de incêndio

Por Santa Portal em 09/04/2022 às 07:30

Arquivo
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Após um grande incêndio em abril de 2015 atingir seis tanques de combustível da empresa Ultracargo, em Santos, por nove dias, a comunidade pesqueira da Baixada Santista que se sustentava da pesca artesanal sofreu graves consequências. Por isso, o MPSP e o Ministério Público Federal (MPF) criaram uma iniciativa de valorização destes trabalhadores, a fim de que a empresa possa compensar os danos gerados.

Por meio do Núcleo Baixada Santista do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), o MPSP e o Ministério Público Federal (MPF) viabilizaram um acordo com a empresa Ultracargo para dar início à execução do projeto ‘Valoriza Pesca’ na região.

O objetivo é traçar um perfil completo de 15 comunidades de pescadores artesanais de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente para colher informações que permitam elaborar estratégias para o apoio e a valorização dessas comunidades e buscar soluções para os entraves à atividade pesqueira na região.

Ações

O ‘Valoriza Pesca’ contará com diversas ações que serão concluídas em até 32 meses, com um custo total previsto de R$ 8,3 milhões. Os recursos foram disponibilizados pela Ultracargo por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o MPF e o MPSP para compensar os danos ambientais de um grande incêndio ocorrido em abril de 2015.

O fogo atingiu seis tanques de combustível da empresa em Santos durante nove dias. A água utilizada no combate às chamas chegou ao estuário do município em temperatura elevada, o que provocou a morte de peixes em grande escala e, consequentemente, prejudicou as comunidades que dependem da pesca.

O acordo que estabelece o ‘Valoriza Pesca’ é o terceiro aditamento do TAC, que já abrangeu outras medidas de apoio aos pescadores artesanais em etapas anteriores. A execução do projeto caberá ao Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com o apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).

Mapeamento

Após a conclusão da iniciativa, os realizadores terão em mãos um retrato detalhado da composição e da rotina econômica dessas comunidades. A falta de informações foi um dos principais obstáculos para a definição de medidas de auxílio a essas famílias após o incêndio de 2015, segundo o MPSP.

O mapeamento será baseado na aplicação de questionários, na realização de entrevistas e reuniões, no monitoramento da atividade pesqueira e na avaliação ambiental do modelo de negócio, com vistas à obtenção não só do perfil socioeconômico das comunidades, mas também de informações sobre as condições em que a pesca é feita. Paralelamente, o projeto desenvolverá ações que busquem a permanente integração das famílias ao ‘Valoriza Pesca’, condição fundamental para o sucesso da iniciativa.

Capacitação

O ‘Valoriza Pesca’ também prevê cursos de capacitação voltados aos pescadores e seus familiares, a fim de ampliar conhecimentos na área de trabalho e abrir novas perspectivas de formação em outras áreas de interesse do público-alvo.

Essa parte do projeto ainda não foi finalizada, já que o planejamento precisou ser interrompido devido a pandemia de covid-19. Com a melhora dos indicadores de saúde, a programação deve seguir para ser concluída.

Farão parte do projeto as comunidades Canal de Bertioga, em Bertioga; Vila dos Pescadores, em Cubatão; Vicente de Carvalho, Sítio Cachoeira, Santa Cruz dos Navegantes, Praia do Góes, Rio do Meio, Guaiúba, Astúrias e Sítio Conceiçãozinha, em Guarujá; Canto do Forte, em Praia Grande;  Ilha Diana, Monte Cabrão e Caruara, em Santos; e Rua Japão, em São Vicente.

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