PM foi executado pelo 'tribunal do crime' com 18 tiros e enforcado com cadarço, revela laudo do IML

Por Santa Portal em 04/08/2024 às 12:00

Reprodução
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O corpo do policial militar Luca Romano Angerami, que ficou 36 dias desaparecido após ser sequestrado por criminosos em Guarujá, foi encontrado com 18 marcas de tiros e um cadarço amarrado no pescoço, segundo revelou o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com o documento, Luca levou 11 tiros na região torácica direita e sete na cervical direita. O policial ainda estava vivo quando foi alvo dos disparos. Um dos tiros perfurou o ventrículo esquerdo do coração de Luca, o que causou hemorragia interna e, em seguida, a morte do agente. O PM teria sido morto seis semanas antes de seu corpo ser encontrado.

Segundo os delegados Fabiano Barbeiro e Rubens Barazal, o corpo de Luca ainda foi desenterrado e mudado de lugar pelos criminosos para dificultar a ação da polícia. O policial desapareceu em 14 de abril e seu corpo foi encontrado apenas em 20 de maio, no alto do Morro da Vila Baiana. À época, Barbeiro disse que a identificação do cadáver foi feita através das tatuagens do PM.

O crime

Morador de Santos, Luca estava de folga e foi passear em Guarujá com o seu Toyota Corolla, no dia 14 de abril. Ele esteve em uma adega, no Santo Antônio, que fica perto de um ponto de tráfico, no mesmo bairro, onde os criminosos o renderam. O carro foi abandonado às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, nas imediações.

Denúncias do Ministério Público

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou oito homens por envolvimento no assassinato de Luca. A denúncia foi feita pelo promotor Victor de Freitas em 18 de junho. Segundo o MPSP, os acusados podem responder por homicídio com quatro qualificadoras, integrar organização criminosa, tráfico de drogas, sequestro, roubo e ocultação de cadáver. 

Freitas afirma que os denunciados mataram o policial para assegurar a execução do crime de tráfico de drogas que ocorria na região. Para o promotor, o homicídio foi praticado com as qualificadoras de meio cruel e impossibilidade de defesa para assegurar a impunidade do crime de tráfico e praticado contra autoridade.

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