Padre Paulo exibe suas conquistas e comemora meio século de tradição

Por Rodrigo Cirilo em 22/02/2025 às 23:34

Crédito: Julia Lanzilotti
Crédito: Julia Lanzilotti

A Padre Paulo desfilou, na noite deste sábado (22), seus sete títulos do Grupo Especial e outro do Grupo de Acesso, em uma reverência à sua história de meio século, na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz. A letra do samba-enredo Glória do Cinquentenário, Sou Mocidade, Para Sempre Tradição estava na boca dos componentes e logo contagiou o público.

Atualmente na segunda divisão, a escola do Estuário buscou suas origens no Banho da Doroteia, com o enredo Os Bebês e as Babás, de 1973, logo no início do desfile, que começou por volta de 22h15. A comissão de frente fez uma releitura do tradicional bloco, marcado pela inversão de papéis, com os homens vestidos de babás e as mulheres de bebês.

“A proposta inicial não era essa. Estávamos só com as babás, mas adicionamos os bebês durante os dois meses de preparação. Foi bem difícil, mas meu trabalho não existe sem o talento desses 12 integrantes”, detalhou a coreógrafa Ana Paula Naumann.

Daí em diante, a Padre Paulo mostrou, orgulhosamente, sua trajetória de meio século, com alas coloridas e dois carros alegóricos imponentes — sendo o último encabeçado por uma águia dourada, que lançou serpentinas durante o desfile.

Os destaques de chão, Délis Vieira e Mariana Corrêa, estavam caracterizados de Deus e o Diabo na Terra do Sol! , enredo de 1991. “Foi muita emoção, muita alegria no coração vir representando os 50 anos e como Deus. Lindo demais”, descreveu Vieira. “Passamos na avenida tranquilos. A escola estava linda, mostrando uma tradição que, com certeza, merece voltar ao Grupo Especial”, completou Mariana.

Ao longo dos anos, a escola foi campeã com enredos marcantes, além do citado acima, como Caiçuma! (1980), A Festa dos Deuses! (1982), Carnaval, Odisseia dos Anos 2000! (1984), Espelho de Luz, Misteriosa Loucura! (1997), Das Mil e Uma Noites ao País do Samba, uma Trajetória de Aventuras e Vitórias! (2000), Ojú Krê Krê… Mangalô – 2006: Embarca Nessa, Meu Samba é Cósmico e Não Tem Pressa! (2006) e São Tantas… Emoções! (2010).

Se não bastassem os títulos, sutis detalhes foram utilizados para homenagens, como a ao pároco Paulo Horneaux de Moura, que deu nome à agremiação. Já a bateria Ousadia, do mestre Rogério Santos, pegou emprestadas as cores azul e rosa da extinta escola-madrinha Império do Samba, octacampeã em Santos, para vestir os ritmistas e a corte.

Cenário diferente

Essa é a primeira vez que a Padre Paulo acumula múltiplos anos consecutivos na Divisão de Acesso. Em 1991, foi campeã logo no ano seguinte ao descenso e, em 2012, subiu rapidamente, sendo vice-campeã. Bem diferente do cenário atual, em que a agremiação, simbolizada pela águia, chega ao sexto Carnaval longe da elite.

Cantando a esperança de fazer a “felicidade sorrir novamente” para si, a escola marchou — com direito a paradinha — pelos derradeiros metros da avenida, fechando o desfile em 44 minutos, dentro dos 45 previstos no regulamento.

O Carnaval 2025 pelo Sistema Santa Cecília de Comunicação tem um oferecimento da Facttum Construção e Negócios, Trasmontano Saúde e Prefeitura de Santos.

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