Operação Verão atinge marca de 51 mortes na região com incursão do Baep em Guarujá

Por Eduardo Velozo Fuccia/Vade News em 22/03/2024 às 23:00

Reprodução/Guarujá Mil Grau
Reprodução/Guarujá Mil Grau

São tantas mortes em tão curto espaço de tempo que é difícil manter atualizada a contagem. Porém, levantamento do Santa Portal indica que o número de óbitos de acusados de crimes na Operação Verão, na Baixada Santista, atingiu a marca de 51 na tarde desta sexta-feira (22).

Operação mais letal da Polícia Militar paulista desde o massacre do Carandiru, a Verão está em seu 48º dia, sem previsão de término, conforme o Governo estadual. Começou em 3 de fevereiro, após um policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) ser morto durante patrulhamento em uma comunidade na Zona Noroeste, em Santos.

A mais recente das mortes, classificadas nas delegacias como “homicídio decorrente de oposição à intervenção policial”, aconteceu na Rua Manoel Penelas, na Vila Santa Rosa, em Guarujá, às 15h30. Um homem ainda não identificado teria ameaçado atirar em uma equipe do 5º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), com sede em Barueri.

Composta por um tenente, dois cabos e um soldado, a guarnição do 5º Baep disse que foi ao local checar denúncia anônima de que um homem estaria com drogas e armado em uma casa. O imóvel é uma habitação coletiva com vários quartos e o acusado não identificado estaria em um deles portando uma pistola Taurus calibre 9 milímetros.

O tenente detalhou a dinâmica dos fatos. Segundo ele, a porta do quarto onde o desconhecido se encontrava estava aberta. O oficial se aproximou dela, fez o “fatiamento” e, ao ver o acusado no fundo, ordenou “sai que é polícia”. Ao fazer menção de levantar a mão que segurava a pistola e atirar, o homem foi atingido por um disparo de fuzil.

Sem conseguir atirar, o acusado caiu, sendo desarmado logo em seguida por um dos subordinados do tenente, que assumiu a autoria do disparo de fuzil. Posteriormente, uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte do desconhecido no próprio local.

Além da pistola que o homem portava, os PMs afirmaram que havia no quarto uma submetralhadora Beretta, também 9 milímetros, e um tijolo de maconha pesando um quilo. Droga e armas foram encaminhadas à Delegacia de Guarujá, onde o caso foi registrado pelo delegado Otaviano Toshiaki Uwada.

De acordo com o tenente, ele e a sua equipe preservaram o local para a realização de perícia. Em relação às imagens eventualmente captadas pela sua câmera corporal acoplada à farda, o oficial justificou que o equipamento estava com a bateria descarregada, porque veio direto de São Paulo, onde participou de outra ocorrência.

Antes do episódio de Guarujá, ainda nesta sexta-feira (22), foram registradas as 49º e 50º mortes da Operação Verão. Ambas ocorreram em Santos, durantes situações distintas, na favela do Pantanal, no Saboó, e na comunidade do Morro do Tetéu, respectivamente, por volta das 4h30 e no início da tarde.

Por Eduardo Velozo Fuccia/Vade News

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