Operação da Polícia Federal resulta em três prisões na Baixada Santista
Por Santa Portal em 18/08/2022 às 12:22
A Polícia Federal realizou, na última quarta-feira (17), a Operação Efeito Cascata, que tem como objetivo repreender o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. As ações aconteceram na Baixada Santista, São Paulo, Rio de Janeiro, Maringá e Várzea Grande. Na região, três pessoas foram presas.
De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos 29 mandados de prisão preventiva e 34 mandados de busca e apreensão. Também foram realizadas ordens de bloqueio a R$ 500 milhões em ativos financeiros, bloqueio de veículos e sequestro de 18 imóveis, com valor superior a R$25 milhões.
Segundo as investigações, a droga saia da fronteira boliviana, seguia em compartimentos ocultos de caminhões até São Paulo e Rio de Janeiro, de onde eram transportadas para regiões portuárias (principalmente em Santos e Itaguaí) onde era colocada em navios com destino a Europa.
Também foram determinadas a suspensão da atividades econômicas de um contador e 19 empresas, com ordem de lacração dos estabelecimentos.
Os presos estão à disposição da Justiça Federal de São Paulo e serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 59 anos de reclusão.
Operação Efeito Cascata
A investigação foi iniciada em julho de 2020 e apreendeu 7.736 kg de cocaína em dez ocorrências, nos estados de Sergipe, São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além de 28 veículos. No período da investigação, 21 pessoas foram presas em flagrante por crime de tráfico de drogas.
Dentre as apreensões, destacam-se 652 kg de cocaína localizados em Comodoro, próximo à fronteira boliviana, em setembro de 2020; 2.466 Kg de cocaína em Duque de Caxias, em dezembro de 2020; e 641 Kg de cocaína em Itaguaí, em setembro de 2021, em meio a uma carga de mangas.
Uma carga de 1.200 Kg de cocaína apreendida na Bélgica em dezembro de 2020, oculta em bags de cimento, também está sendo investigada.
A Receita Federal, com autorização da Justiça, contribuiu para a investigação, compartilhando informações em tempo real sobre empresas, cargas, itinerários, contêineres e movimentação portuária. Também foi solicitada cooperação jurídica internacional.
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