"O telespectador é que comanda a programação", diz coordenador do Sistema Santa Cecília

Coordenador geral do Sistema Santa Cecília, Marcos Bianchi celebra os 19 anos do grupo e conta um pouco do que vem por aí na telinha da Santa Cecília. Confira:

Como vê a evolução do Sistema Santa Cecília nos últimos anos e o que projeta para um futuro próximo?
A grande conquista dos últimos anos foi a migração para o sistema HD, em 2010. A Santa Cecília TV foi a primeira emissora da região a transmitir em alta definição. Fizemos isso na coragem, sem termos referência, como pioneiros, mesmo, já que éramos os primeiros. Sofremos muito no começo, foi um grande aprendizado e uma enorme conquista. Acabamos nos tornando referência, éramos chamados para falar em congressos sobre o assunto. Também é bom destacar a qualidade da grade de programação. E sua ordenação, padronização. Nós segmentamos a programação por horários. Hoje há uma linha de programação que é muito clara e conseguimos entregar ao telespectador aquilo que ele deseja assistir.

É uma programação bastante variada, não?
Temos o Caderno Regional, jornalismo forte, um jornal muito respeitado na região. Temos o Armando Gomes, cujo programa está há 23 anos no ar, antes da tevê se chamar Santa Cecília. Temos programação esportiva na hora do almoço. O Painel Regional no início da tarde. Programa feminino depois disso. À noite temos o JB, um programa muito assistido na Cidade. Temos o Eduardo Paulino, um especialista em vida saudável, que está na casa há 18 anos. E terminamos a programação com o programa do Pedro Alcântara. Se for resumir, posso dizer que todos os principais programas regionais da região estão na Santa Cecília.

Também é uma emissora conhecida por exibir ao vivo os grandes eventos da região…
Nos consolidamos neste segmento. Não há emissora da região que faça o que fazemos ao vivo. Exibimos desde que a tevê começou a operar o desfile das escolas de samba de Santos. Acabamos de exibir ao vivo e na íntegra o Baile Oficial da Cidade. A queima de fogos em Santos na virada do ano, que é considerada a segunda maior do Brasil, pode ser vista na Santa Cecília TV ao vivo e pelo Santaportal em qualquer lugar do mundo. Dia da Padroeira. Eventos esportivos, como os Jogos da Unisanta. Este é um ponto muito forte para nós. E estamos crescendo. Degrau por degrau, com cuidado mas de forma constante.

É a única emissora regional que não tem uma rede por trás. Em que isto é positivo e negativo?
Não temos o repasse financeiro que têm as emissoras afiliadas às grandes redes. Mas temos independência, autonomia. Uma grade que pode ser alterada conforme as necessidades do momento. Isto ficou muito claro durante o incêndio da Localfrio, em Guarujá, há algumas semanas. Durante bastante tempo fomos a única emissora no ar dando notícias ao vivo sobre um acontecimento daquela magnitude. E isto fortalece nossa credibilidade, deixa evidente nosso compromisso com quem mora na região. Por fim, não somos uma emissora comercial. Temos, sim, um caráter educativo que fica muito evidente em nossa programação e também na ligação com a maior instituição de ensino da região, a Universidade Santa Cecília. E, claro, temos a nosso favor também nossa equipe, que é muito boa, que é sensacional.

A tecnologia ajuda muito a emissora a chegar onde o público está, independentemente do lugar ser ou não coberto pelo sinal digital ou em UHF. Há planos de ampliação nesta área?
O santista é bairrista, com razão. Termos acessos à Santa Cecília TV, via Santaportal, de lugares muito distantes. Do Vietnã, por exemplo. Da Austrália. De Manaus, que tem mais acessos do que algumas cidades da região. São os santistas que estão espalhados pelo mundo mas querem notícias da Cidade.

A tecnologia também provocou um outro fenômeno: o público não assiste mais a programação de um canal de forma linear. Quer o conforto de assistir aos programas de que gosta na hora que quiser. Além do Santaportal, que transmite a programação da tevê, que outros meios para estar sempre ao lado do telespectador estão nos planos?
O público hoje é outro e nós precisamos nos adaptar. Há uma mudança enorme de comportamento provocada pelo vídeo on-demand. Serviços como o Netflix, o Net Now e similares estão mudando a forma como se assiste à tevê. O telespectador é o senhor, comanda a própria programação. Hoje vemos as grandes redes se rendendo a esta realidade. Até a Globo, que aderiu tarde à tecnologia. Chegou tarde e está investindo milhões para recuperar o tempo perdido. Penso que hoje – e o Sistema Santa Cecília está neste caminho – é preciso deixar o telespectador escolher onde quer nos assistir. Na tevê da sala, no celular via sinal digital, no computador ou mesmo em aplicativos para IOS e Android. Estamos desenvolvendo um novo aplicativo que permitirá o acesso via app tanto à programação da tevê quanto à da FM e às notícias do portal. Ao mesmo tempo, devemos estar no maior número de serviços de tevê por assinatura que atuam na região. Já estamos na Net, na GVT e em negociações com outras operadoras.

E os eventos de 2016?
Teremos muitos eventos grandes este ano, grandes coberturas. Temos as Olimpíadas em agosto, com ótimas perspectivas para os nadadores da Universidade Santa Cecília. A Unisanta também abrigará as delegações da natação do Japão e da Itália. Teremos também as eleições municipais. Realizaremos, como sempre, debates entre os candidatos a prefeito. Temos ainda a Festa da Padroeira da Cidade, que acompanhamos há bastante tempo, vamos transmitir esta semana, ao vivo e com exclusividade, o desfile das escolas de samba do Grupo Especial de Santos. Será nos dias 29 e 30 (sexta e sábado). E repetiremos também, na virada do ano, a cobertura da queima de fogos. O telespectador da Santa Cecília pode ter certeza: onde houver um grande evento na região, estaremos lá.