03/08/2022

Número de veículos abandonados em estradas aumenta na região, diz Artesp

Por Santa Portal em 03/08/2022 às 06:10

Imagem ilustrativa/Unsplash
Imagem ilustrativa/Unsplash

Os veículos abandonados nas ruas das cidades podem ser uma cena rotineira, mas nas rodovias, o problema tem aumentado. De acordo com um levantamento feito pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o aumento foi de 11% em comparação com o ano passado.

No primeiro semestre de 2022, foram abandonados 2.869 veículos na faixa de domínio dos 11,1 mil quilômetros de malha concedida do Estado de São Paulo, seja em meio às áreas verdes sob responsabilidade das concessionárias ou mesmo nos acostamentos das rodovias. O número representa um aumento de 11% na comparação com 2021, quando ocorreram 2.580 ocorrências no mesmo período.

Na Baixada Santista, no primeiro semestre de 2022, foram registrados 108 veículos abandonados na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-055) e Rodovia Anchieta (SP-150), que dão acesso à região, segundo a Artesp.

Entre os riscos dessa prática, a Agência destaca que, além do comprometimento da segurança viária, dependendo de onde o veículo foi deixado, há risco à saúde, pois a carcaça do automóvel pode virar criadouro do mosquito Aedes Aegypti, que se reproduz em águas paradas e transmite a dengue.

Os motivos podem ser desde problemas mecânicos ou de documentação a veículos envolvidos em delitos como roubo e fuga. Em todos os casos, as concessionárias atuam para retirar o automóvel do local. 

“Veículos abandonados podem comprometer a segurança viária se estiverem próximos às rodovias. Mas, o principal risco é para a saúde das comunidades, já que há o acúmulo de sujeira e de água parada que potencializam a criação de mosquitos causadores de doenças como a dengue, zika e chikungunya”, alerta José Tavares de Morais Filho, supervisor de Operações da Artesp.

Retirada de veículos abandonados

Quando o veículo é abandonado em áreas verdes ou trechos de mata (canteiros centrais ou na lateral da pista, por exemplo – áreas fora do acostamento) a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) é acionada para verificação da procedência do automóvel e providenciar as medidas legais cabíveis.

Já nos casos em que o veículo é deixado no acostamento, como, por exemplo, devido a problemas mecânicos, a concessionária entra em contato com o proprietário para que ele providencie a retirada, já que pode comprometer a segurança de quem trafega na rodovia. Caso o automóvel esteja quebrado, um guincho da concessionária fará a remoção para uma base do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU). 

Nas ruas das cidades

Nos municípios é comum encontrar veículos abandonados nas ruas da cidade, especialmente em frente às residências onde causam transtornos por ocuparem áreas de estacionamento público e por questões sanitárias por elevarem os riscos de transmissão de doenças. 

Na cidade de São Paulo, o veículo que estiver estacionado há mais de cinco dias no mesmo local corre o risco de ser recolhido para o pátio da subprefeitura local, caso o proprietário não faça sua remoção. Além disso, o abandono de veículos em vias públicas está enquadrado na Lei de Limpeza Urbana, passível de multa de mais de R$ 17 mil. E, para retirá-lo do pátio, o proprietário deverá pagar os custos de remoção e das diárias. 

Caso encontre algum veículo abandonado na faixa de domínio das rodovias, a população pode fazer a denúncia por meio dos telefones de atendimento da concessionária que administra o trecho. Confira aqui a relação com os canais de atendimento das concessionárias.

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