Navios já causaram transtornos na região; relembre outros casos

Por Santa Portal em 21/06/2021 às 06:28

O acidente envolvendo um navio de carga na tarde deste domingo (20), que destruiu um terminal de passageiros da balsa entre Santos e Guarujá e o atracadouro, trouxe muitos prejuízos. No entanto, não é a primeira vez um incidente envolvendo navios acontece na região.

Além do clássico Navio Recreio, que encalhou em fevereiro de 1971 e nunca mais saiu da praia santista, a região teve pelo menos três incidentes marcantes com navios nos últimos 25 anos. Relembre abaixo.

Três balsas atingidas em 2018

Em maio de 2018, Navio Santos Express, da companhia Hapag Lloyd, atingiu pelo menos três balsas, a FB-18, FB-19 e FB-28, uma das maiores em operação, e parte de atracadouros do lado de Guarujá, na travessia de balsas com Santos. Ninguém se feriu, na ocasião.

Aliás, o acidente envolvia um navio com contêineres e a colisão não impediu que a viagem seguisse normalmente.

De acordo com a Dersa, tudo aconteceu por volta das 20h30, do dia 6. “O navio Santos Express, que entrava pelo canal do Porto, atingiu três embarcações da Companhia, do lado do Guarujá. Duas delas, FB-18 e FB-19, estavam atracadas no píer do estaleiro, fora de operação em razão do baixo movimento. A terceira embarcação atingida foi a FB-28, que estava em uma das gavetas de atracação e já sem veículos a bordo, pois havia acabado de descarregá-los”, dizia.

Contudo, a Capitania dos Portos foi acionada imediatamente. Não houve vítimas e a travessia seguiu operando normalmente.

Atracadouro atingido em 2010

Em 2010, um navio cargueiro de bandeira panamenha atingiu o atracadouro de balsas da travessia entre Santos e Guarujá durante a madrugada. O sistema de travessia de balsas ficou interrompido durante seis horas.

O acidente aconteceu no lado do Guarujá, quando a operação estava paralisada por causa de forte neblina. A embarcação, chamada Nena A, deixava o Porto de Santos e atingiu uma das gavetas do embarcadouro. Ninguém ficou ferido.

Na ocasião, a Capitania dos Portos também instaurou um inquérito para apurar as causas e prejuízos. Entretanto, o problema voltou a acontecer anos depois.

‘Estacionado’ na calçada em 1999

No dia 29 de agosto de 1999, a Ponta da Praia, em Santos, ganhou um atrativo turístico assustador. Durante quase 12 horas, o navio Bebedouro, de bandeira liberiana, permaneceu encalhado a metros do muro que dá sustentação à Avenida Almirante Saldanha da Gama.

O acidente aconteceu por volta das 4 horas, após a embarcação deixar o Terminal Privativo da Cargill, onde embarcara 13 mil toneladas de suco concentrado de laranja, com destino ao Porto de Amsterdã, na Holanda.

Todavia, por razões que foram averiguadas pelo Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro, quando saía do canal do estuário, o navio seguiu rumo inverso ao que deveria seguir, encalhando em um banco de areia.

Entenda o acidente com o Cap San Antonio

O Comando do 8º Distrito Naval, por intermédio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) tomou conhecimento, no domingo (20), por volta das 14h20, da colisão do Navio Mercante “Cap San Antonio”, de bandeira dinamarquesa, com o atracadouro da Ponta da Praia de Santos e duas balsas que fazem a travessia Santos x Guarujá.

Peritos desta Capitania estão no local realizando as apurações iniciais sobre a ocorrência. No entanto, até o presente momento, não há informações sobre feridos no incidente.

Em resumo, o navio encontra-se fundeado na baía do Porto de Santos aguardando laudo da Sociedade Classificadora para constatar se está em plenas condições de navegabilidade.

Posteriormente, um inquérito administrativo será instaurado para apurar as causas e possíveis responsabilidades. A Marinha do Brasil incentiva a participação da população e disponibiliza o telefone 185 para denúncias e emergências náuticas.

A Hamburg Sud confirmou que o navio Cap San Antonio esteve envolvido em um incidente em Santos, ao sair do complexo portuário rumo a Paranaguá. Até o momento não há o registro de vítimas envolvidas no incidente, dentro ou fora do navio, ou que a região tenha sido poluída de alguma forma. A companhia está avaliando a situação e colabora com as autoridades.

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