22/09/2020

Na região, fim da greve dos Correios será definido em assembleia

Por #Santaportal em 22/09/2020 às 10:02

GREVE – Apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter aprovado, na última segunda-feira (21), um reajuste de 2,6% para os funcionários dos Correios, determinando o retorno das atividades a partir de hoje, na Baixada Santista a categoria continua de braços cruzados. A decisão pelo retorno ou não das atividades em agências da região será tomada em assembleia na tarde desta terça-feira. A reunião está marcada para as 16h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect), em São Vicente. 

De acordo com o presidente do Sintect, José Antônio da Conceição, o aumento oferecido à categoria é irrisório perto do que os trabalhadores pleiteavam.

Na região, em todas as unidades dos Correios na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, cerca de 40% dos funcionários aderiram à greve nacional da categoria. Peruíbe foi o município com maior adesão dos funcionários, chegando a 90% do total, enquanto Guarujá teve a participação de 20% dos trabalhadores. No Vale do Ribeira, somando as agências de toda a região, são 80% de adeptos à paralisação.

De acordo com a decisão do TST, a maioria do tribunal decidiu que a greve não foi abusiva. Com isso, metade dos dias de greve será descontada do salário dos empregados. A outra metade deverá ser compensada. Se os funcionários não retornarem aos postos de trabalho, a categoria fica sujeita a multa diária de R$ 100 mil. 

Paralisação 

A greve nacional da categoria foi iniciada no dia 18 deste mês, após anúncio da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT). Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal.

De acordo com a federação, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos. 

A entidade afirma que, desde julho, os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo, que estaria em vigência até 2021.

Entre os benefícios que os funcionários querem manter, estão o adicional de risco de 30% pago aos carteiros, assistência médica, vale-refeição, auxílio creche, adicional noturno, adicional de horas extras e indenização por morte ou invalidez, segundo divulgado pelo sindicato.

A categoria aponta que, desde o início da pandemia, a empresa tem lucrado com o aumento da demanda por entregas, que teriam triplicado neste período. “Portanto, tem recursos suficientes para sua própria manutenção, sem intervir na dignidade da categoria”, divulgou o Sintect em nota.

Outro lado

Em nota, os Correios afirmam que seguem executando o plano de continuidade do negócio, com a realização de mutirões de entrega, inclusive em fins de semana e feriados, com o objetivo de reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados à população.

A empresa diz ainda que empreenderá todos os esforços para recompor os índices de eficiência dos produtos e serviços, considerados essenciais, nesse momento em que a população brasileira mais precisa.  

 

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