Mesmo insatisfeitos com aumento, trabalhadores dos Correios da BS e Vale voltam ao trabalho
Por Carolina Iglesias em 23/09/2020 às 08:54
PARALISAÇÃO – Funcionários dos Correios da Baixada Santista e Vale do Ribeira aprovaram, em assembleia, o fim da greve e o retorno ao trabalho a partir das 22 horas desta terça-feira (22). A medida ocorre após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovar o reajuste de 2,6% no salário dos trabalhadores da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Sintect), José Antônio da Conceição, a categoria está insatisfeita com o aumento oferecido pela empresa. Apesar do reajuste, a decisão da Justiça retirou inúmeros benefícios, que juntos, representam impacto econômico negativo de 40% na remuneração. No entanto, os trabalhadores acataram a decisão e, a partir de hoje, começa a colocar em dia as entregas que estavam atrasadas na região.
Na Baixada Santista, ainda segundo o presidente do sindicato, a paralisação impactou, principalmente as unidades de distribuição de Cubatão, Praia Grande, São Vicente e Mongaguá, além de agências localizadas no Vale do Ribeira.
Há muitas encomendas que estão paradas, e que agora voltam a ser entregues. A greve impactou bastante algumas unidades. Com o retorno ao trabalho, os funcionários dos Correios, que são muito profissionais, colocarão tudo em dia, afirmou o sindicalista, ainda sem saber se haverá um mutirão nas unidades da região, para normalizar as operações.
Conforme a decisão do TST, os grevistas terão metade dos dias de greve descontada do salário. A outra metade deverá ser compensada. Vamos aguardar a publicação da decisão do TST, para saber se os funcionários terão que trabalhar aos finais de semana, ou se farão hora extra ao longo da semana, para colocar todas as entregas em dia.
Na Baixada Santista e Vale do Ribeira, a greve teve adesão de cerca de 40% dos 950 funcionários dos Correios. Peruíbe foi o município com maior adesão dos funcionários, chegando a 90% do total, enquanto Guarujá teve a participação de 20% dos trabalhadores. No Vale do Ribeira, somando as agências de toda a região, foram 80% de adeptos à paralisação.
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