Médicos pedem cuidado com a higiene, mas evitam pânico com varíola dos macacos na região

Por Santa Portal em 25/07/2022 às 17:25

Imagem ilustrativa/Unsplash
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A Baixada Santista registrou nesta segunda-feira (25) seus três primeiros casos de varíola dos macacos, sendo dois em Praia Grande e um em Itanhaém, respectivamente. Mas, apesar da confirmação de que a doença já está presente na região, dois infectologistas ouvidos pelo Santa Portal acreditam que as pessoas não devem entrar em pânico.

“Os casos diagnosticados evidentemente acendem um alerta, mas certamente devem ter outros casos que passaram despercebidos. É uma doença de transmissão por contato íntimo, próximo, ou objetos contaminados. Mas o importante é não criar pânico”, disse o médico Evaldo Stanislau.

O epidemiologista Marcelo Otsuka destacou que, com os primeiros casos na região, é importante que as pessoas redobrem os cuidados. “Nós já tínhamos detectado transmissão aqui dentro do Brasil, sabemos que tem a circulação do vírus. Isso é uma preocupação, por isso a necessidade maior ainda para que controlemos adequadamente as pessoas que tiverem a infecção. Para isso precisamos ter o exame laboratorial. Lógico que ter transmissão em todas as cidades é uma preocupação, pois é um risco a mais para todos nós”, afirmou.

Os especialistas, porém, alertam que as pessoas devem tomar algumas medidas para diminuir a possibilidade de contágio pela varíola dos macacos. “É fundamental manter uma higiene adequada, principalmente com o uso do álcool em gel. Também é importante uma limpeza adequada dos ambientes. Além disso, logicamente evitar contato com alguém que esteja com a doença ou com uma lesão parecida com a que é causada pela monkeypox. Não tenha contato, principalmente íntimo com as pessoas”, explicou Otsuka.

Stanislau reforçou o alerta para que as pessoas tenham cuidado, inclusive no que diz respeito a vida sexual. “A característica no momento da monkeypox tem sido muito parecida com uma doença sexualmente transmissível. Nesse sentido é importante a prevenção, o uso do preservativo e evitar contato com múltiplos parceiros. Também é fundamental a higiene das mãos e não compartilhar objetos, como roupa de cama, toalha, lençol, etc”, destacou.

Para Evaldo Stanislau, a prevenção é a melhor arma contra essa doença, pois a vacina não deve estar disponível em larga escala em um curto espaço de tempo. “A vacina é necessária, ela existe, mas temos uma dificuldade muito grande no aspecto da logística para se obter a vacina. Não acredito que tenhamos vacina nesse momento. Por isso, fica o alerta para a população sobre feridas na pele, junto com quadro de febre e aumento de gânglios. As vezes são feridas muito discretas, únicas. Caso note esses sintomas, procure o médico para que seja feito o diagnóstico correto”, concluiu o infectologista.

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