Medalhistas da Unisanta analisam desempenho nos Jogos Pan-Americanos

Por Gustavo Sampaio e Rodrigo Cirilo em 26/10/2023 às 10:53

Crédito: Satiro Sodré / CBDA
Crédito: Satiro Sodré / CBDA

Com medalhas nos cinco dias de natação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, os nadadores da Unisanta foram responsáveis por 14 dos 25 pódios brasileiros na modalidade, que resultam em 56% de participação nas conquistas nacionais. As disputas no Centro Aquático do Parque Esportivo do Estádio Nacional começaram no sábado (21) e terminaram na última quarta-feira (25).

No geral, foram seis ouros, quatro pratas e quatro bronzes de atletas da Unisanta. No entanto, por conta das provas de revezamento que tiveram participação de dois ou mais cecilianos, a soma de medalhas por nadadores é um pouco maior: 18.

Inclusive, oito dos nove representantes da equipe foram medalhistas, sendo eles, Guilherme Costa (4), Felipe Ribeiro (3), Gabrielle Roncatto (3), Maria Fernanda Costa (3), Guilherme Basseto (2), Nathalia Almeida (1), Maria Paula Heitmann (1) e Leonardo de Deus (1). A exceção foi Beatriz Dizotti, que nadou apenas a prova de 1.500m livre e ficou próxima do pódio, na quarta colocação.

Além desses, a equipe também conta com a campeã olímpica Ana Marcela Cunha. De olho na vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a nadadora disputará a maratona de águas abertas no domingo (29).

O Santa Portal conversou com os medalhistas, que fizeram um balanço da competição e revelaram o planejamento para as próximas competições.

Guilherme Costa

O destaque brasileiro no Pan é Guilherme Costa, o Cachorrão, que obteve 100% de aproveitamento na competição, foram quatro provas disputadas e quatro ouros, sendo elas, as individuais 400m, 800m e 1500m livre e o revezamento 4x200m livre. O atleta se tornou o único nadador a vencer todas as provas de fundo, as mais longas, em uma edição de Jogos Pan-Americanos.

Aliás, Cachorrão possui cinco medalhas pan-americanas de ouro. Na edição de 2019, em Lima, no Peru, o nadador também foi o campeão do 1500m. Ao Santa Portal revelou que, agora, sua preparação será voltada para subir no pódio dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

“Estou muito feliz com o resultado, consegui as quatro medalhas de ouro, que era o meu grande objetivo. Treinei muito para estar aqui porque queria que desse certo”, explicou Cachorrão. “Ano que vem tem Olimpíada e irei focar todas as energias para repetir esse desempenho em Paris”.

Satiro Sodré/CBDA

Felipe Ribeiro

Crucial na final do revezamento 4x100m livre e nas classificatórias do 4x100m misto e 4x200m livre, o nadador Felipe Ribeiro conquistou três ouros nas provas coletivas. Para o estreante em Pan, o próximo passo de sua carreira é uma medalha olímpica.

“Eu queria muito o Pan pelo fato de ser lindo para o COB [Comitê Olímpico do Brasil]. Na minha estreia, eu já fui campeão de três provas. Não tem nem o que falar, felicidade gigante. A expectativa não é só me classificar para Olimpíada, é ir para conquistar a medalha”.

Satiro Sodré/CBDA

Maria Fernanda Costa

Mafê ganhou três medalhas de prata, sendo duas individuais, no 200m, com índice olímpico, e 400m livre, além de uma coletiva, no revezamento 4×200 livre feminino. A também estreante comemora o resultado e já prospecta as próximas competições, a seletiva do Mundial de Doha, no Catar e as Olimpíadas.

“Saldo foi bem positivo. Saio daqui com três medalhas e um índice olímpico. Semana que vem é a seletiva do Mundial. Espero que dê tudo certo, que eu seja convocada, e esteja nas duas competições logo no começo do próximo ano, o Mundial e as Olimpíadas”.

Sátiro Sodre/CBDA

Gabrielle Roncatto

Repatriada pela Unisanta no primeiro semestre, Gabi Roncatto saiu do Pan com uma prata no revezamento 4x200m livre feminino e dois bronzes em provas individuais, no 400m medley e livre, onde conquistou o índice olímpico.

Esse é o terceiro Pan de Gabi. Nas edições de Toronto 2015 e Lima 2019, ela conquistou uma prata e um bronze no revezamento 4x200m livre feminino, respectivamente. Desta vez, a nadadora buscava o ouro, que ficou novamente com os Estados Unidos.

“Ficou um gostinho de quero mais. Queria ter batido na frente da americana, mas estava muito cansada do 400m medley. Além disso, Naná [Nathalia Almeida] e Stephanie também disputaram provas no mesmo dia. Apesar disso, demos nosso melhor e ficamos muito perto do recorde sul-americano. Saio muito satisfeita, foi incrível nadar ao lado delas”.

Satiro Sodré/CBDA

Guilherme Basseto

Responsável por abrir os revezamentos 4x100m medley masculino e misto, Basseto, respectivamente, conquistou uma prata e um bronze nas categorias. Apesar disso, o aleta busca evoluir seu desempenho no 100m costa, onde terminou na quarta colocação.

“Não foi muito legal em prova individual para mim, mas tenho que dar uma volta por cima, tenho que virar a chave. O revezamento precisava de mim, o Brasil precisava de mim e é uma honra imensurável representar”.

Satiro Sodré/CBDA

Leonardo de Deus

Tri-campeão pan-americano do 200m borboleta, Léo de Deus conquistou a prata na categoria. No entanto, para o atleta, essa foi a competição mais especial, pois sua família estava na arquibancada vibrando por cada braçada.

“São valores que valem mais que o ouro. Me orgulho de toda a minha trajetória. São 16 anos no alto rendimento e quatro Jogos Pan-Americanos. Estava buscando o tetra-campeonato, mas infelizmente o esporte é disso, um dia a gente ganha, outro dia a gente perde”.

Finalista em Tóquio 2020, o atleta de 32 anos se inspira em outra lenda da Unisanta, Nicholas Santos, 43, para seguir atuando em alto nível nas próximas temporadas.

“Todo mundo fica me comparando com ele, fico muito feliz porque é um exemplo a ser seguido. Juntos, defendemos a Unisanta por muitos anos”, disse. “Um passo de cada vez, o foco é disputar uma medalha olímpica. O que posso dizer é que enquanto eu estiver sorrindo e feliz, estarei nadando pelo Brasil”.

Léo de Deus
Satiro Sodré/CBDA

Nathalia Almeida e Maria Paula Heitmann

Assim como Mafê e Gabi, Nathalia Almeida e Maria Paula Heitmann faturaram a prata no revezamento 4x200m livre feminino. Stephanie Balduccini também esteve na equipe brasileira da prova.

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