Kayo Amado estuda mudanças na área da Saúde em busca de melhorias

Por #Santaportal em 11/02/2021 às 06:35

SÃO VICENTE – O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Pode) disse em entrevista à Santa Cecília TV que as palavras que atualmente definem os primeiros dias de sua gestão no município são “calamidade” e “esperança”. Ele abordou a situação crítica em que a cidade foi deixada pela última gestão, e contou sobre os estudos realizados sobre a área da Saúde, a fim de melhorar o atendimento.

Amado diz que o estado em que a cidade foi entregue à sua gestão foi desastroso, com dívidas e muitos problemas, e que isso tem sido um desafio. “Eu acredito que a gente vai contornar essa situação, ainda que seja uma calamidade neste momento, eu vejo com esperança que a gente vai resolver todos os problemas”.

Apesar de o estado da cidade não ser uma surpresa, as dívidas foram, e ainda são, um empecilho nos primeiros dias do mandato. “Eu nunca menti para as pessoas falando que num passe de mágica iria resolver, vai ser com trabalho. A gestão tem prazos, as coisas acontecem no tempo da burocracia do governo. Agora, a gente sabe para onde caminhar e onde a gente quer chegar. A cidade foi deixada com 700 milhões de reais no geral em dívida, e 200 milhões ficaram da dívida do ano passado para esse”, relata.

O prefeito ainda ressalta que tem buscado ajuda com o Governo do Estado e com deputados eleitos da região para conseguir verba para resolver as pendências. “Todo deputado que eu encontro eu falo que preciso de recursos para custeio da saúde. O que a gente percebe é que a saúde hoje não se sustenta sem esses recursos externos. O que a gente tem de despesa é maior do que a receita na pasta”.

Sobre o Hospital Municipal de São Vicente, Kayo Amado diz que o hospital chegou a ficar sem insumos para a realização de cirurgias, já que o fornecedor dos materiais havia deixado de ser pago. “Pagamos a empresa e o material voltou, essa é uma conquista em um milhão que a gente precisa para contornar esse cenário”, conta.

Ele ainda completa dizendo que há um plano para a ativação dos pronto-socorros da cidade, que terão como objetivo desafogar a demanda do Hospital Municipal. Apesar da ideia estar tomando forma, o estudo é feito de forma cautelosa, para que tudo dê certo. “Estamos fazendo um estudo dessa rede de saúde da cidade para minimamente começar a entender como abrir esses pronto-atendimentos. Esse é o primeiro passo, mas no poder público as coisas levam seu tempo específico para que a gente não faça errado. A realidade do antigo CREI nos angustia, mas sendo prefeito e vendo o problema, estamos trabalhando para equalizar isso. É questão de tempo para abrir os outros PS”, relata.

Caso Lorena

O caso da bebê Lorena, que faleceu nesta semana por falta de transferência para um hospital especializado, também foi abordado pelo prefeito de São Vicente. A criança, que tinha uma cardiopatia congênita, não aguentou esperar pela transferência, que já havia sido requerida no sistema CROSS, do Estado.

“É muito estranha essa postura do CROSS porque, por todas as informações que a Secretaria de Saúde passou foram referentes ao acompanhamento no hospital, então é muito estranho eles jogarem a responsabilidade para o município. Buscamos dar o atendimento dentro do que estava possível. Eu falei diretamente com a mãe em chamada de vídeo, falei com deputados e pessoal de diversas esferas para dar atendimento a essa criança, buscando uma UTI pediátrica. A gente tentou, mas não foi possível na esfera municipal. Infelizmente não deu tempo dela ir para o Hospital Dante Pazzanese no domingo. Esse caso me abalou demais e deixou todo mundo triste com a situação. Deixo minha solidariedade aos pais e espero que a gente não passe por isso outras vezes”, finaliza.

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