Jovem que teve 85% do corpo queimado após cozinhar com etanol morre

Por Vanessa Ortiz em 11/04/2022 às 10:25

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

A jovem, de 27 anos, que teve 85% do corpo queimado enquanto cozinhava com etanol, morreu durante uma cirurgia de enxerto em um hospital de São Paulo. Moradora de São Vicente, Angélica dos Santos Rodrigues usava álcool para fazer a comida, pois já não tinha mais dinheiro para comprar gás.

O acidente ocorreu no meio do mês março na residência da vítima. Ao Santa Portal, a mãe dela, Silvia Regina dos Santos, de 42 anos, contou que a filha passava por dificuldades financeiras.

“Achou um meio de cozinhar assim. Naquele dia, ela colocou o álcool em uma vasilha, e achou que tinha acabado. Quando foi encher, o fogo veio de encontro com o galão, e aquilo explodiu no corpo dela”, explica Silvia. Somente o rosto de Angélica não foi atingido pelas chamas.

Ela foi socorrida ao Hospital Municipal de São Vicente, onde ficou por alguns dias internada, até ser transferida para o Hospital Hospital Geral Vila Penteado, na Jardim Iracema, em São Paulo. No local, ela passaria por algumas cirurgias de enxerto.

(Foto: Arquivo pessoal)

Na primeira delas, teve uma parada cardíaca e acabou morrendo na unidade no último dia 6. “Ainda não consigo acreditar”, afirma a mãe de Angélica.

Perigo

Em entrevista ao Bom dia Cidades desta segunda-feira (11), 1º tenente do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Lopes, frisou que não é aconselhável cozinhar com álcool, e que o final por der trágico, devido à combustão do produto em contato com o fogo.

“Quando está no processo de combustão, gera um gás que pode causar uma explosão. Às vezes, a pessoa vai abastecer com mais álcool, e está com o recipiente na mão, acaba tendo esse problema. A combustão desse produto é totalmente perigo”, afirma.

Ainda de acordo com Lopes, mesmo com o gás de cozinha, é necessário ter alguns cuidados, como estar em um ambiente aberto, trocar a mangueira a cada 5 anos, e verificar o prazo de validade. “O melhor jeito é não usar álcool. O método convencional do GLP é o mais seguro se estiver nos parâmetros certos”, finaliza.

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