07/07/2023

Heitor Gomes lança single Na Busca Pela Identidade; veja entrevista

Por Alanis Ribeiro em 07/07/2023 às 21:00

Reprodução/Divulgação
Reprodução/Divulgação

O músico santista Heitor Gomes, ex-baixista do Charlie Brown Jr e CPM 22, lançou o single Na Busca Pela Identidade, nesta sexta-feira (7), pelo seu projeto Gomes do 8. A faixa está disponível no Spotify, Apple Music, Deezer e Tidal.

Diferente de outras produções, Gomes revela que para este single, ele precisou estar envolvido em todos os setores, desde a finalização da música, negociações com os agregadores de áudio e outras burocracias. Aliás, ele se coloca como empreendedor de seu próprio negócio. “As dificuldades ficam por conta de conseguir organizar e entregar tudo dentro do prazo”, ressalta o baixista.

Confira abaixo a entrevista com Heitor Gomes, que conversou com o Santa Portal sobre a saída do Charlie Brown Jr, o novo single e futuros projetos.

O que te motivou a retornar o Gomes do 8?

Vejo que o retorno com o Gomes do 8 é um processo natural, sabe? Digo, artístico do Heitor Gomes, como músico, instrumentista e compositor. Então, vejo como um processo que aconteceu naturalmente. Falo como musicista que sempre vem criando ao longo dos anos com diversos trabalhos paralelos, com o Gomes do 8 não seria diferente.

Realmente me traz essa motivação, a naturalidade do Heitor como artista, compositor e seguir com a minha carreira e com o Gomes do 8, que tem bastante do meu DNA, além das minhas origens musicais, que vem muito da influência do meu pai, o Chico Gomes, que é um contrabaixista aqui de Santos. 

Por que saiu do tributo ao Charlie Brown Jr? Não era possível manter os dois projetos simultaneamente?

Mantive por um ano, na verdade. Estava em turnê no primeiro ano de celebração dos 30 anos de Charlie Brown Jr. E, desde quando eles decidiram seguir, eu já vinha fazendo esse trabalho com o Gomes do 8. É um trabalho que tenho há dois anos e venho comprovando, gravando e evoluindo essa questão autoral do Gomes do 8. Então, realmente foi uma decisão para me dedicar mais para o Gomes do 8 e outros projetos de vida. 

Nesse projeto você trabalha com triplo domínio, técnica criada pelo seu pai, certo? O que essa técnica representa para você?

A técnica representa a evolução do músico, do contrabaixista e penso que com esta técnica acabo me desenvolvendo mais como músico e compositor, sabe? Criando melodias e harmonias simultaneamente porque é o recurso que o instrumento possibilita. E me traz essa expansão artisticamente e musicalmente falando, então representa pra mim a evolução Heitor Gomes como músico, como se estivesse em um outro patamar. 

Falando sobre o single Na Busca Pela Identidade, o que você traz de influência para ele?

Justamente a busca pelo o nosso pleno ser, para encontrarmos nosso próprio caminho, a busca pela real identidade, nesse caso, através da música. Ele é a junção de um trabalho que iniciou com releituras que é o Gomes do 8 com a criação de um single inédito e autoral, que justamente me traz essa influência, ele é a somatória de boas realizações. 

A letra realmente fala sobre você se encontrar na vida, que através dos seus sonhos, pode encontrar a sua real identidade. Ela fala sobre tudo isso, o retorno ao meu trabalho autoral, com a minha marca, a musicalidade que é o meu DNA que vem do meu pai, que é utilizado com um instrumento diferente, um contrabaixo de oito cordas, uma técnica que meu pai, Chico Gomes, criou. 

Essa música é a primeira de algum projeto mais completo, como um EP ou álbum?

Ela é a primeira de uma série de lançamentos de singles, EP e até um álbum, porque hoje em dia essa linguagem é muito popular dentro dos lançamentos. Então, tenho um álbum pronto, mas decidi por estratégia lançar singles, para no meio dessa trajetória lançar um EP. Dentro de um tempo, a médio prazo, pretendo lançar o álbum completo com novidades. 

Você está acompanhado de outros músicos nesse projeto? Quem? O que cada um toca?

Tenho a companhia do Arthur Marques, que é um grande amigo e baterista aqui do Guarujá. Ele foi o primeiro músico que encontrei para ajudar a desenvolver e gravar as autorais. Tenho um grande parceiro de composição, que o chamo de poeta, o Calango, nascido em Brasília, mas reside em Florianópolis há muitos anos. Ele surgiu junto com o RAP acústico, com o selo de música 1KILO, onde surgiram grandes cantores e MCs. 

Para complementar com a participação, também tem o DJ 03, um menino de Florianópolis, que trouxe essa roupagem eletrônica na música. Digamos que nessa primeira leva de composições autorais tem o principal ritmo de acompanhamento que é a bateria e a outra parte eletrônica.

Junto desse trabalho todo, ainda tenho outras parcerias com um outro amigo meu, o produtor DJ Ruivo. Ele também participa desse momento do Gomes do 8, com esse conceito mais novo de música, o trap, que é o estilo mais atual.

Quais os três álbuns que mais te influenciaram como músico? Por quê?

Vou falar primeiramente de um disco que me influenciou muito, que é o do meu pai. O nome do disco é Nós Dois, que tem uma música que ele compôs para pai e filho, no caso pela nossa união. Estive com ele na gravação desse disco e tem a participação de músicos excepcionais. Pude acompanhar isso muito de perto, porque estava começando a me desenvolver na música e me dedicar para me tornar um músico profissional.

O segundo foi um dos primeiros CDs que ouvi na minha vida, tinha nove anos, foi a coletânea Legend, do Bob Marley. Essa coletânea é uma das mais famosas do mundo, talvez um dos discos mais vendidos e escutava bastante. Ali tem músicas fantásticas e o reggae é muito o nosso DNA, enfim, sempre gostei muito. Ali, é como “chover no molhado”, falar das músicas do Bob Marley são todas clássicas, você escuta ela e fica no repeat, é um disco fantástico. 

E para fechar, vou mais uma vez trazer aqui para nós, vou puxar sardinha para o Charlie Brown Jr, banda que mora no meu coração, que tem um dos músicos que mais influencia na minha carreira: Preço Curto… Prazo longo. 

Escolhi esse disco por ser relançamento do Gomes do 8, por ser de Santos, e para fazer uma homenagem ao Charlie Brown e ao Champignon. Por ser baixista, esse disco é riquíssimo, o melhor da banda na opinião de muitos fãs. Realmente é difícil escolher só um disco do Charlie Brown Jr, então deixei de fora os discos que gravei. 

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