Haddad vê França candidato até o fim e diz que antibolsonarismo supera antipetismo
Por ARTUR RODRIGUES/FOLHAPRESS em 07/05/2022 às 08:55
O pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou nesta sexta-feira (7) que a tendência é que não haja acordo para que ele e Márcio França (PSB) se unam em uma única candidatura.
Ele também afirmou que o antipetismo hoje é menor do que as forças contrárias a Jair Bolsonaro (PL) e João Doria (PSDB).
As afirmações foram feitas durante uma das sabatinas realizadas por Folha de S.Paulo e UOL com postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. “A tendência é de manutenção das duas candidaturas. Essa e a tendência porque estamos desde agosto tentando negociação”, disse Haddad.
O petista afirmou, porém, seria importante houvesse a junção das candidaturas, apesar das análises de que a presença de França beneficiaria Haddad. “Eu não faço esse tipo de conta. Eu acho que simbolicamente teria um peso muito grande nós estarmos juntos. Política não é só cálculo eleitoral”, disse.
O petista minimizou o impacto do antipetismo na corrida eleitoral do estado. “O antibolsonarismo hoje é muito maior. Basta pegar as pesquisas de opinião da votação do Lula. O Lula é o candidato menos rejeitado no Brasil, inclusive em São Paulo”, disse. “O que existe hoje é um antibolsonarismo, é um antidorismo. O Doria e o Bolsonaro são muito mais rejeitados em São Paulo do que o PT”.
Questionado sobre a impopularidade de sua gestão na Prefeitura de São Paulo, Haddad disse que a avaliação foi feita no período do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e disse que suas vitrines permanecem na cidade.
“As ações da minha gestão estão até hoje aí. Aliás, são as únicas coisas que estão de pé. A renegociação da dívida, o plano de mobilidade urbana foi premiado internacionalmente”, afirmou.
O petista fez diversas críticas à gestão Doria, por aumentar os impostos durante a pandemia e cortar programas sociais em sua época de prefeito. No entanto, afirmou que as câmeras corporais da PM são uma das poucas coisas positivas na atual gestão.
RAIO X
Fernando Haddad, 59
Nascido em janeiro de 1963, é mestre em economia e doutor em filosofia pela USP. Foi prefeito de São Paulo (2013-2016) e ministro da Educação nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Antes, atuou na também como chefe de gabinete na Scretaria de Finanças da gestão Marta Suplicy
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Romeu Zema (Novo) não aceitou o convite
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Felipe Santa Cruz (PSD) – 16/5 – 10h
Rodrigo Neves (PDT) 18/5 – 10h
Anthony Garotinho (União Brasil) – 18/5 – 16h
Marcelo Freixo (PSB) – 20/5 – 10h
*Cláudio Castro (PL) ainda não respondeu ao convite
Demais sabatinas
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