Greve: Ônibus circulam com metade da frota em São Vicente e contrato será rompido

Por Santa Portal em 05/07/2022 às 11:21

Divulgação/Otrantur
Divulgação/Otrantur

A greve dos ônibus em São Vicente continua nesta terça-feira (5), com metade da frota circulando nos horários normais, e 70% dos veículos em horários de pico. De acordo com a prefeitura de São Vicente, o contrato com a Otrantur, que atualmente opera o transporte público da cidade, será rescindido.

Os motoristas seguem a liminar da Justiça que obriga a empresa a manter parte da frota em funcionamento para atender os passageiros. A greve continua, e acontece para exigir o pagamento de salários atrasados e benefícios.

Em entrevista para a Santa Cecília TV, o prefeito Kayo Amado (Pode) afirmou que o contrato com a Otrantur será encerrado e uma nova empresa deverá assumir a administração do transporte público municipal. “A gente está muito contente porque tomou uma decisão em prol do povo de São Vicente, foi uma decisão difícil e necessária, um contrato firmado por 20 anos, então não é simples de encerrar”.

O prefeito ainda disse que foram reunidas provas de que a qualidade do serviço prestado não era satisfatória, para que o contrato pudesse ser rescindido. “Essa novela de terror que vive São Vicente precisava ter fim, e o fim é neste final de mês. Uma empresa que não consegue oferecer um bom serviço, somado ao fato de não conseguir pagar seus trabalhadores, mesmo com todos os esforços que a prefeitura faz para ajudar nisso. Foi a gota d’água, mais uma greve, sem dúvida nenhuma, ao final deste mês, a gente bota um ponto final nessa história”, disse.

De acordo com Kayo Amado, a responsabilidade de pagar os funcionários é da Otrantur, ainda que a prefeitura, durante a pandemia de covid-19, tenha subsidiado um aporte mensal para que os trabalhadores pudessem receber seus salários durante o período de crise, e que continua sendo pago.

“Entendendo esse cenário de pandemia e todas as dificuldades, a Câmara aprovou o subsídio, que é algo muito natural em todas as cidades do país, só que a gente fez isso em virtude de que os trabalhadores não estavam recebendo, e pudessem ter seus salários legalizados. Ocorre que a empresa não consegue ter fluxo de caixa para pagar os trabalhadores no dia específico de pagamento, e fica esse cenário catastrófico, de risco de greve todo mês”, disse o prefeito.

A ideia é que, até que o contrato com a Otrantur seja encerrado pela prefeitura, no próximo mês, os transtornos sejam minimizados ao máximo, segundo o Kayo Amado. “O transporte é algo essencial, a gente está trabalhando com todo cuidado necessário para que não haja risco e, o que vai acontecer nesse momento é que, desde sexta-feira, a gente já abriu uma requisição de contratação e a gente vai trabalhar ao longo dessa semana inteira para fazer uma contratação emergencial, para que no dia 1º de agosto, a gente já tenha uma nova empresa de forma emergencial operando na cidade por um tempo determinado, até que a gente finalize o processo de contratação definitivo para o transporte da cidade”.

Até o momento, não há nenhuma empresa definida para assumir o transporte público de São Vicente, tanto de forma emergencial quanto de forma definitiva, o que deve ser definido nos próximos dias.

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