Fases mudam, estabelecimentos abrem, mas os cuidados com o coronavírus são os mesmos
Por #Santaportal em 13/07/2020 às 11:20

CORONAVÍRUS – Em tempos que a retomada das atividades está se intensificando na Baixada Santista, com o início da faixa amarela no Plano SP e que prevê a reabertura de bares, restaurantes e academias, todos os comportamentos seguem merecendo cuidados, pois a pandemia do coronavírus ainda não acabou.
O #Santaportal conversou com dois infectologistas da região sobre vária situações ligadas a esse novo momento. “Penso que os protocolos podem minimizar risco. Mas como dependem das pessoas obedecerem, o risco sempre existirá e não creio que valha à pena correr risco para o que não seja essencial. A vacina é a única ferramenta possível para atenuar isso”, explica Evaldo Stanislau.
Ricardo Hayden vai praticamente na mesma linha de raciocínio e ainda acrescenta. “As pessoas não estão preparadas para cumprir os protocolos. A maioria dos comerciantes está cumprindo os pactos. Mas há frequentadores que causam problemas. Na minha opinião, as pessoas não estão preparadas para a volta da liberdade, vão com muita sede ao pote, quebram códigos de convívio social e de saúde, colocam tudo a perder com esse tipo de atitude. Só vai funcionar quando todo mundo estiver vacinado”.
Na sequência, eis as respostas deles para as seguintes questões:
Quando se sentirá seguro para sentar-se à mesa em um restaurante?
Ricardo Hayden – Creio que só no ano que vem, na medida em qeu há um desrespeito flagrante das normas mínimas, vide o que aconteceu nas praias neste fim de semana. Sem previsão.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quanto se sentirá seguro para fazer exercício em uma academia de ginástica?
Ricardo Hayden – Após o uso da vacina.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para ir ao salão de beleza?
Ricardo Hayden – Da mesma forma. Tem que ser o primeiro cliente do dia, ver se o profissional está usando uma máscara segura, bem como a pessoa também tem que usar uma que permita o corte de cabelo, a segurança para você e o profissional.
Evaldo Stanislau – Até o fim do ano.
Quando se sentirá seguro para fazer compras em uma loja de serviço não essencial?
Ricardo Hayden – Não me sinto seguro. Não há previsão. Arriscaria que, a partir do uso da vacina, pode livremente ir a lojas e comércios desse tipo, sempre na presunção de que outras pessoas não se previnam ou que não entendam os riscos que causam a terceiros.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para receber amigos em casa? Quantos?
Ricardo Hayden – Do mesmo jeito. A gente tem visto histórias próximas da gente de quem em um determinado momento entregam presente de aniversário ou algo do gênero na casa de terceiros e percebemos então que as pessoas estão convivendo livremente em um ambiente fechado sem uso de máscara ou qualquer cuidado relativo à prevenção.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para abraçar amigos?
Ricardo Hayden – É preciso que se mude desde já esse comportamento afetuoso com os amigos, que é o de beijar e abraçar, como fazemos com o pai ou avô da gente. É um hábito dos brasileiros. Não sei se depois da vacina isso conseguirá ser mudado.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para ir ao cinema?
Ricardo Hayden – Não me sinto seguro. E pouco vou também. Assisto mais em casa. Não tenho nenhuma aflição quanto a isso. Para mim é sem previsão.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para ir a uma festa de casamento ou formatura?
Ricardo Hayden – Desde que haja respeito total às questões básicas de restrições, embora, por enquanto, é sem previsão e deve estar colocada a questão da vacina.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para ir a um evento esportivo ou a um show?
Ricardo Hayden – Só será seguro quando tiver vacina e bem eficaz, principalmente se você está bem protegido e tem um monte de gente sem máscara ou usando incorretamente.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.
Quando se sentirá seguro para sair às ruas sem máscara?
Ricardo Hayden – Tão cedo não vamos conseguir. Só vai acontecer de dezembro para frente, em razão das vacinas, levando em conta uma previsão mais otimista dos profissionais de saúde, embora também haja a faixa etária acima dos 60 anos. Creio que isso não aconteça de forma eficaz e coletiva antes do primeiro trimestre do próximo ano. Tomara que se antecipe.
Evaldo Stanislau – Sem previsão.